{ RESENHA} Não se apega não- Isabela Freitas

Não se apega não é o primeiro livro da mineirinha de apenas 23 anos Isabela Freitas, que é dona de um blog maravilhoso desde 2011, estudante de direito e agora escritora pela editora Intríseca.



Sinopse:
Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase "você deve encontrar a metade da sua laranja". Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.
Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar o namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal per-fei-to! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos.

Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, com as tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado. 
Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico.


Este é um livro para o qual você olha e diz: " vou ler por causa dessa capa". Mas este é um dos que fazem juz à uma capa magnifíca. Com páginas bem amarelas( adoroooooooooooo!), uma fonte mé e bem gostosa de ler, com uma escrita simples, Isabela Freitas chega mostrando a que veio no mundo literário.
O livro é narrado por Isabela, uma jovem de 22 anos estudante de direito em Juiz de Fora, Minas Gerais, que " de repente" resolve terminar um namoro de 2 anos com Gustavo, dando fim ao que todos chamavam de casal perfeito. O que muita gente não conseguia enxergar era que ela vivia num relacionamento desgastante que não a fazia feliz.
Com isso, ela decide iniciar em sua vida uma espécie de renovação, que ela chama de desapego.
Ao ler esse livro esqueça ( ou tente) todos os seu pré-conceitos sobre desapego. Isabela prega algo maior do que o que é conhecido como "pega e não se apega", muito pelo contrário, vai além disso. Trata-se de aprender a desapegar das coisas que nos fazem mal, porque a vivência de cada um é individual e devemos antes de tudo amar-nos de forma incondicional.
Só que não vai ser fácil para a jovem Isabela mudar toda a sua forma de viver e de encarar a vida com um primo lindo atrás dela e as tentações da balada. Ao longo do livro Isa vai fazendo suas reflexões sobre os amigos, a família e os complexos relacionamentos pelos quais ela passa, que vão de canalhas abandonados na rua até amigas falsas. 
É  um livro cheio de pensamentos e reflexões que realmente fazem você pensar sobre o que você está fazendo em sua vida, mas de forma simples. Devagarzinho e de masinho a história vai nos enlaçando e quando você se der conta já vai estar arrebatado e apaixonado... Tentando ( claro) aplicar aquilo em sua vidinha. PS; NÃO É UM LIVRO DE AUTO AJUDA.
Eu me identifiquei porque a garota estava falando tudo que eu já sabia.... Ficava de boca aberta toda hora que aparecia um pensamento bem parecido com os meus.
É envolvente... recomendo o isabelafreitas.com.br porque o livro realmente deixa um gostinho de quero mais e eu sinceramente espero que este seja o primeiro de muitos livros que estão por vir. 






{ RESENHA} O teorema Katherine- John Green

O Teorema Katherine foi escrito por John Green, publicado no Brasil pela editora Intríseca, com 304 páginas.



4 estrelas

Sinopse:
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.



Bem este é mais um livro do aclamado escritor John Green, que fez um baita sucesso com A Culpa é das estrelas... E isso faz com que de forma inevitável criemos expectativas sobre o livro, por isso é bom tomar muito cuidado para não decepcionar.
Colin Singleton é considerado um prodigío desde criança. Mal concluiu o ensino médio e já sabe falar vários idiomas, já leu tantos livros que perdeu a conta além de ser viciado em anagramas. No entanto Colin é especializado em levar foras, pés na bunda, como queiram chamar. OKAY! Todo mundo convive com isso diariamente... a diferença básica está no fato de que Colin só namora Katherines. Nada de Katys, Kats, Kities, Trinas e - Deus o Livre- de Catherines. A menina tem que se chamar K-A-T-H-E-R-I-N-E. Pois é, enquanto todo garoto tem um tipo físico ou comportamental, o de Colin ( por mais estranho que pareça) é linguístico.
Depois do seu mais recente pé na bunda, de Katherine claro, talvez a que tenha mais mexido com os sentimentos dele, seu melhor amigo arábe  Hassan, o convence a fazer uma viagem de carro para dar uma esfriada nos nervos, com o carro de Colin, apelidado de Rabecão de Satã.  Só para constar: eles não têm destino.
Colin é um prodígio, e isso todo mundo sabe. MAS ele quer ser um gênio. O que é diferente porque gênios inventam, prodigíos copiam ou aprendem. E ele vive angustiado com isso, porque ele não quer ser esquecido, quer que seu nome fique marcado na história por algo que ele crie.
Para visitar um suposto túmulo do Arquiduque austro-húngaro Francisco Ferdinando, morto na Primeira Guerra Mundial, eles acabam chegando até a pequena cidade de Gutshot, no Tenessee, onde acabam ficando amigos da "guia" Lindsay Lee Wells, que os leva até sua mãe Hollis.
Bem, Hollis é uma figura. É a dona da fábrica da cidade, e tudo dela tem que ser cor de rosa. Como não lhe falta dinheiro, Hollis acaba pagando a Colin e Hassan ( acredite, só em livros mesmo) 500 doláres por semana para entrevistar as pessoas da região e colher informações sobre a história da cidade.
Ao chegar na cidade, Colin tem seu tão esperado momento eureca, onde através de cálculos matemáticos acaba por ter a ideia do Teorema de Previsibilidade das Katherines, que seria a descoberta da sua vida, que se desse certo poderia prever o futuro de qualquer relacionamento. 
Ao mesmo tempo em que trabalha, Colin vai desenvolvendo o teorema, recebendo uma pequena ajuda de Lindsay, que ( por incrível que pareça) namora um outro Colin. E os dois acabam por se aproximar e virar bons amigos... Dessa forma, Hassan é engajado na vida social dos adolescentes de Gutshot, e os dois acabam por viver expêriencias ora boas, ora ruins.
Hassan é um personagem divertido, que nos faz rir o tempo todo no livro, ele faz piada até nos momentos ruins. O livro é narrado em terceira pessoa e possui incríveis notas de rodapé feitas pelo próprio autor que são muito parecidas com piadas. Além, claro, de uma matemática simples, explicada com um cuidado minuncioso para que todo leitor seje capaz de compreender, tendo um apêndice inteiramente deidicado a explicar o teorema de Colin.
Ao entrevistar as pessoas de Gutshot e em sua própria vida, Colin acaba aprendendo que todos um dia iremos ser esquecidos e que não há nada para evitar que isso aconteca, mesmo que um dia ele venha a ser um gênio criador, porque no futuro, grandes nomes como Sócrates ou até Eisntein poderão ser esquecidos juntamente com seus trabalhos geniais. 

O livro é bom. No entanto eu esperava um algo a mais para que me arrebatasse por completo no livro. Não sei bem o que foi. Acho que coloquei muita expectativa sobre o livro, então essa é minha dica antes de lê-lo.

{RESENHA} O fantasma da ópera- Gaston Leroux

o livro O fantasma da ópera é de autoria do francês Gaston Leroux, possui 240 páginas e é produzido no Brasil pela editora FTD. Traduzido por Margarida Patriota.


 3 estrelas
É quase impossível ler o fantasma da ópera sem sermos tomados por um conflito de sentimentos. A começar pela própria figura do fantasma. O que ele nos inspira: medo ou compaixão? E aqui convém superar a obviedade da deformidade do rosto do protagonista. Se nos fixarmos nessa cicatriz, sem enxergarmos a beleza que ela oculta, perderemos justamente aas contraposições que tornam esse personagem tão forte, e sua história ao mesmo tempo trágica e assustadora... e comovente. O Fantasma é um personagem terrível. Mas apaixonante.
              Luis Antonio Aguiar
Sinopse:

É noite de gala na Ópera de Paris. Os Srs. Debienne e Poligny se despedem do cargo de diretores da Ópera com um último recital. Porém, nos corredores do teatro, uma figura misteriosa caminha como uma sombra e desaparece sempre que é vista. No subsolo, o maquinista-chefe é encontrado morto. Esse é o legado que os antigos diretores deixam a Armand Moncharmim e Firman Richard: a perturbadora presença do fantasma da Ópera. Ao ignorar os caprichos do Fantasma, os novos diretores têm que lidar com uma trágica seqüência de eventos que culmina no desaparecimento repentino da cantora lírica Christine Daaé. É em meio a esse clima de suspense e de terror que somos levados ao labirinto sombrio que é o subsolo da Ópera de Paris.



 Os personagens muito bem construídos, donos de personalidades cativantes e profundas de tal forma que você se apega a cada um deles e ama até o vilão. Apenas o casal Raoul e Christine não despertam uma completamente a paixão do leitor por ser muito... fraco.
Bem, quando se lê o prefácio do livro toda a surpre que poderia vir com o desenrolar do enredo acaba por aí.
Os diretores da Ópera de Paris pediram demição, mas antes realizam um recital. A história já começa com os cochichos e o medo despertados por uma suposta sombra que caminha pelos corredores da ópera conhecido como " O Fantasma da Ópera", que assombra a todos que ali permanecem e ( como aviso deixado pelos diretores Debienne e Poligny para os novos diretores), faz exigências para manter a paz na ópera. Principalmente depois que um maquinista-chefe é encontrado morto nos subsolos do prédio. No entando, os novos diretores Moncharmim e Richard ignoram as exigências do fantasma, como a reserva do camarote e pagamentos, e acabam tendo que lidar com as sequências de tragédias.
Christine Daaé perdeu o pai ainda criança, o homem que a encaminhou no caminho da música, sempre prometendo que em algum momento de sua vida lhe apareceria o chamado "anjo da música". Christine mora com uma amiga em Paris, e acaba recebendo a oportunidade de cantar na ópera de Paris. No seu grande dia, Christine ( perdoem o trocadilho) canta e encanta, despertando a atenção principalmente da sua antiga paixão de infância o nobre Raoul de Chagny e (claro) do Fantasma.
Raoul é o típico bom moço dos romances e logo deixa claro suas intenções com a moça.
Numa noite após um recital, Christine recebe a visita do seu anjo da música no camarim, que se comunica com ela através dos espelhos e vai ensinado-a a cantar com beleza. Esse anjo usa uma máscara a cobrir o rosto, vestido inteiramente de preto. Claro, que esse ""anjo da música"" não é ninguém menos que nosso anjo da música, que a guia e faz conhecer o labirinto maquiavélico do subsolo do prédio da ópera, sobre os quais tem total domínio.
Logo, Christine se vê envolvida num triângulo amoroso entre Raoul e seu anjo/fantasma/ da música. A escolha por Raoul leva o fantasma a um estado de ódio completo, porque ele se apaixonou por Christine e esperava que ela também o amasse.
O Fantasma, a próposito, não é verdadeiramente um fantasma. Seu nome é Erik, o fato dele ter uma máscara sobre o rosto e a sua aparência levaram a criação de lendas ao redor de sua figura e ele preferiu que fosse assim, que todos tivessem medo. Obviamente, Erik nunca teve uma vida feliz devido sua aparência, não conseguindo despertar amor nem mesmo nos seus pais. MAS possui uma inteligência incomum, principalmente para música.
Erik acaba sequestrando Christine, meio que para obriga-la a ficar com ele.  E Raoul, acaba salvando-a das garras maléficas do vilão.
Eu me vi me indagando porque ninguém consegue odiar o Erik, porque mesmo com as suas maldades você se vê procurando maneiras para justificar ou ao menos explicar o que ele faz.
 Se fosse amado eu seria melhor.
Essas é uma das frases do Erik. Eu busquei explicações e acabei encontrando algo, que não sei se verdadeiramente foi a intenção do Gaston. Bem, sabemos que Erik tem uma deformação no rosto, e que isso faz dele uma pessoa fisicamente feia para a maioria da sociedade, AÍ  se encontra o toque de mestre. Todos nós julgamos ter uma parte feia, um defeito do qual achamos que ninguém vai gostar, ou até mesmo um lado obscuro. Não queremos que o resto do mundo veja isso, mas quando vemos o resto do mundo odiar Erik por isso nós logo pensamos que não queremos passar por aquilo caso venham a saber do nosso lado "feio".
É por isso que eu acho que o desfecho de Erik é o único que nos faz derramar lágrimas por um vilão que tem maldade inferior ou superior aos outros que conhecemos.
Bem, o lirvo teve várias adaptações para o cinema, mas a melhor é o musical de com Emma Rossum e Gerard Butler. Vale dar uma conferida, embora tenha muita coisa diferente do livro. ;)










             

Resenha: Memórias de um sargento de milícias de Manuel Antônio de Almeida

O livro intitulado “Memórias de um sargento de milícias” foi escrito por Manuel Antônio de Almeida entre junho de 1852 e julho de 1853 e publicado anonimamente como um  folhetim semanalmente no jornal Correio Mercantil, com autoria de “Um brasileiro” e foi somente na terceira edição que começaria a aparecer o nome do autor. O romance foi escrito na época do movimento do Romantismo, mas sua obra pouco de adapta a esse movimento sendo melhor classificada como um livro de transição romântica ao pré-realismo.
O livro retrata pela primeira vez a figura do malandro e começa o seu primeiro capítulo com a frase “Era no tempo do Rei”  insinuando à época em que a família real veio para o Brasil no reinado de João VI,  além de que nos faz lembrar os contas de fadas sempre iniciados por um “Era uma vez”. No livro como se intitula narra-se em primeira pessoa as memórias de Leonardo um garoto traquino que sempre estava à espreita de uma aventura. Leonardo como diz no livro era filho de “uma pisadela” e um “beliscão” narrando como surgiu o namoro de seu pai Leonardo Pataca e Maria das Hortaliças, essa que mais tarde abandona o marido e o filho para fugir com um capitão de volta à Portugal, deixando assim o pobre do Leonardo nas mãos do “compadre” que era seu padrinho e barbeiro que muito apreço tinha pelo menino. O Leonardo Pataca como de seu costume continua atrás de um “rabo de saia” e de primeira se encanta por uma cigana, esta que pouca atenção lhe dá, fazendo-o buscar pela feitiçaria, prática proibida na época. Em meio ao ritual aparece para a surpresa de todos os major Vidigal, personagem este que seguia à reta a lei, bem como mandava prender e soltar quem queria a seu bel prazer.  O livro se segue contando as malandragens do Leonardo.
A estrutura do livro é bem organizada em curtos capítulos, com variação do número de páginas dependendo da editora. O livro é dividido em duas partes: a primeira com 23 capítulos mais voltados a contar as malandragens e travessuras aprontadas por Leonardo, já a segunda parte é composta por 25 capítulos onde o enfoque é mais na vida madura do Leonardo e seus esforços para tomar Luisinha dos braços de José Manuel. O livro é narrado em primeira pessoa e com uma linguagem bem simples, fácil e compreensível, diferentemente de muitos clássicos da Literatura Brasileira que tem uma linguagem bem rebuscada e de difícil compreensão.
O livro em si é uma cronometragem da sucessão de fatos das aventuras e desventuras do Leonardo. Como no início do livro que se inicia com a frase “Era no tempo do Rei”,  já se vê em questão bem como os fatos passados desde a infância do menino até o seu estado atual de sargento miliciano. Leonardo como citado acima era um garoto traquino que desde muito novo foi adotado pelo padrinho que era um barbeiro que muito o apoiava em tudo o que fazia, mesmo quando uma vizinha metia-se diariamente a provoca-lo dizendo que o menino “era de mal bofes”. O padrinho tinha o sonho que no decorrer do livro, vê-se como algo totalmente ilusório e quase que surreal, de que o garoto se tornasse Padre. Sendo assim certo dia decide  por o garoto na escola que é descrita as aulas ocorridas na própria casa do professor onde havia uma sala com diversos bancos de madeira e mesas com furos para os tinteiros. O professor dava aulas com a palmatória sempre pronta para corrigir quaisquer erros nas decorebas da tabuada. Leonardo não gostou do ambiente. Desde o primeiro dia de aula o garoto já tinha rendido alguns “bolos” que eram as pancadas de palmatória. Na história vê-se também um importante personagem: a comadre, a suposta madrinha do menino, esta uma mulher muito religiosa e fã das ladainhas e festejos da igreja. Vê-se assim muitas vezes narrado no livro os costumes e festejos religiosos praticados na época do século XIX como o “Domingo do Espírito Santo” no capítulo 19, da primeira parte. Ao decorrer da história vê-se outra importante personagem: a D. Maria, mulher esta já de idade que mesmo assim era descrita como uma fanática por “demandas”, que adotou como filha, sua sobrinha Luisinha que ficou órfã do pai que era irmão de D. Maria. Luisinha foi descrita como “era alta, magra, pálida: andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto;” de começo numa das visitas do compadre e o Leonardo à casa da velha amiga D. Maria, visitas estas que pouco lhe interessava ao contrário com a chegada de Luisinha passa agora a atrair o Leonardo. Luisinha, esta que de começo dá risos aos lábios do Leonardo, mas que depois vê-se envolvido pela paixão pela garota. Ao narrar a paixão infantil entre o menino e Lusinha, outro personagem entra na história: José Manuel, um antigo conhecido de D. Maria, este sendo já um adulto por lá de seus 35 anos de idade, que gostava de contar façanhas que nunca haviam ocorrido, entra no páreo para disputar o coração da pobre garota. No livro percebe-se que José Manuel queria simplesmente a herança da pobre garota. Percebendo suas segundas intenções a comadre entra mais vezes na história para tirar o oponente do caminho do afilhado. Em meio a estas desventuras o compadre acaba adoecendo e, consequentemente veio a falecer, passando assim o pobre do menino a voltar a morar na casa de seu pai, o Leonardo Pataca. O Leonardo Pataca acabou se casando com Chiquinha, a filha da comadre. Chiquinha acaba engravidando e dando à luz uma menina para a felicidade do Leonardo Pataca. Na cena do parto é descrito as parteiras e as rezas, que eram costumes comuns da época. Começa-se assim uma “rixa” entre Chiquinha e Leonardo, que acaba fugindo de casa e parando em outras aventuras na casa de uma moça chamada de Vidinha, que era filha de uma quarentona que tinha  três filhas e sua irmã, que também tinha três filhos, mas homens. Leonardo agora se vê apaixonado por Vidinha, que era uma linda mulata. Percebem-se assim os traços característicos do menino herdados do pai quanto a ser um “namoradeiro” que acaba se esquecendo de Lusinha! Certo dia numa patuscada Leonardo denunciado por dois dos primos de Vidinha que eram apaixonados por ela, resolvem denuncia-lo ao Major Vidigal, que aparece para prendê-lo! Nesse momento acontece algo inesperado que nunca houvera ocorrido na vida do Major: o Leonardo consegue fugir do Vidigal, que acaba se  tornando motivo de piadas, já que era um homem respeitado por sua rigidez. Para sua vingança o Leonardo é promovido a granadeiro, e assim passa a “trabalhar”, mesmo com suas diabruras. Nesse meio tempo Lusinha acaba se casando com o José Manuel, que torna sua vida uma total infelicidade. Depois de pouco tempo de casado José Manuel para surpresa de todos acaba tendo um ataque apoplético e vindo à óbito. Numa situação dessas foi o plano “perfeito” para que enfim D. Maria e a comadre resolvessem unir os jovens de uma vez por todas, e assim foi: O Leonardo depois de muito aprontar casou-se com Lusinha e foi promovido pelo Major Vidigal como Sargento de milícias, recebendo só assim no final do livro o título lhe concedido no nome do livro o “Sargento de milícias”
Do ponto de vista crítico e pessoal, percebemos aspectos importantes da época como os costumes e o tipo de vida predominante na época, bem como aspectos interessantes como a vizinha fofoqueira do barbeiro que passava a criticar constantemente o Leonardo, sendo o barbeiro alheio as críticas. O livro ao nosso ver chama também a atenção do leitor por ser uma literatura com “toques” de ironia, e chega a causar risos no leitor. Sem contar que a leitura ocorre facilmente pelos curtíssimos capítulos e a fácil linguagem. Manuel Antônio de Almeida usou do bom senso e fugiu do comum romantismo predominante da época e soube tanto explorar o sentimentalismo como o humor na obra.

Quando se pensa em Literatura Brasileira logo se pensa “Oh! Que tortura, dê-me um dicionário!” o contrário ocorre com esta obra: o autor consegue fisgar o leitor da primeira à última página, por que além de ser interessante é de fácil compreensão. O livro é indicado para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Este foi o primeiro e o único livro escrito pelo escritor Manuel Antônio de Almeida, escrito ao 21 anos de idade, que inicialmente foi publicado como folhetim no jornal Correio Mercantil. O escritor teve a vida interrompida por uma morte precoce aos seus 31 anos no dia 28 de Novembro de 1861, mas deixando um grande legado para a Literatura Brasileira com as aventuras do malandro Leonardo.

Passo a passo: Marcador de páginas ♥


Olá tudo bem? eu estou bem graças a Deus! Hoje irei explicar como fazer um simples marcador de páginas acompanhe as fotos abaixo:

Sim, as fotos estão com uma resolução péssima devido eu ter tirado com o celular mas bom vamos lá:

Materiais:
1 tesoura, 2 papéis E.V.A com cor de sua preferência, 1 lápis e cola quente

Passo-a-passo:
1. Com uma tesoura recorte dois corações no papel E.V.A  que ficará como na imagem 2.
3. depois desenhe corações menores que o primeiro (cada um com a mesma medida) que ficarão como
mostrado na imagem 4; 5. Após os recortes cole o o coração menor sobre o maior com a cola quente; 6 passe a cola quente nas abas do coração e cole um no outro de forme que fique uma abertura para pôr nas páginas como mostrada na imagem 7; 8 Agora é só pôr nas páginas e ter uma boa leitura e um lindo marcador como mostra a imagem 9!  se quiser fazer de outras formas faça! use a criatividade. Beijos




{Resenha} Crime e castigo- Fiódor Dostoievski

 O livro Crime e Castigo é publicado no Brasil pela editora 34 e possui 561 páginas. O autor é o aclamado russo Fiódor Dostoievski.



          4 estrelas

  O livro conta a história do jovem estudante de direito, Rodion Raskólnikov, que vive em São Petersburgo, na Rússia. Sua mãe e sua irmã vivem longe, no campo, e ele, num quarto alugado e apertado. Para sobreviver, ele penhora objetos com uma velha viúva usurária, já que não vê a mãe há três anos e ela não dá noticías nem envia dinheiro. Há alguns meses le abandonou a faculdade e vive recluso e reservado, divagando sobre teorias que ele mesmo cria e a ação de algo que ele simplesmente denomina como aquilo. Impelido pela teoria, ele mata duas pessoas, as rouba, mas nem  chega a tocar no dinheiro, o esconde.
O enredo vai contar como Raskólnikov chega até o abismo do crime e , principalmente, o que ocorre depois, como ele carrega tal fardo na consciência. Como isso o afeta e as pessoas que o rodeiam.
Rodion alega que Cesár e Napoleão cometeram crimes que mataram milhões e foram absolvidos pela história, aclamados como heróis. Ele chega a publicar um artigo expondo a teoria dos " ordinários e extraordinários", os primeiros são aqueles destinados a obedecer a lei cegamente, e os segundos, tem o direito de modificar a lei, de remover os obstaculos que impedem a realização de seus desejos.
Fugindo da sua própia loucura, Raskólnikov  guia o leitor pelos cantos mais obscuros da Rússia, as diferentes tiranias e desigualdades que assolam as pessoas.
O livro é narrado em terceira pessoa, e pode parecer monótono e cansativo em diversas partes, mas o desfecho emocionante compensa todos os suspiros de cansaço e impaciencia. Aprendi que ninguém é tão pecador que não possa ter virtudes, e que nem o mais virtuoso dos homens é livre de pecado. No fim, o amor é a melhor  arma para a redenção.
Gostei da personagem de Sônia, uma garota jovem que acaba se prostituindo pra ajudar a família e não permitir que os irmãos mais jovens passem fome. O livro nos faz olhar os crimes com um olhar diferente, mais crítico e a perguntar o que leva cada pessoa a cometer algo tão atroz. Que o maior castigo para um criminoso é carregar sua culpa.
Existem notas do tradutor e da editora nos rodapés das páginas, e acabamos descobrindo que algumas passagens são impressões retiradas da vida do próprio autor.

 



Resenha: Helena, Machado de Assis

Sinopse
Filha bastarda do conselheiro Vale, a jovem e bela Helena é reconhecida por ele em testamento e passa a viver na mansão da família. Só então conhece Estácio, apresentado a ela como seu irmão. Mas entre eles despertou o amor. E agora?

Edição: 4
Editora: FTD
ISBN: 0
Ano: 1997
Páginas: 159

Helena ao meu ver foi um dos melhores romances que li, até por que o fato de ser do Machado de Assis saberia que não me arrependeria. Helena é  um livro bem construído e narrado que chama a atenção do leitor assim como a personagem principal: Helena. Após a morte do Conselheiro Vale, Estácio o filho do conselheiro e D. Húrsula irmão do falecido recebem o testamento e algo nele chama a atenção: o reconhecimento de uma filha, e o pedido de
acolherem-na como membro intimo da família. Estácio devido sua educação e ternura recebe a moça com muito carinho, já D. Húrsula pouco aceita a situação e vai cedendo aos poucos aos encantos da menina, que cativou todos a sua volta.

Helena é uma moça com seus 16/17 anos dedicada e afetuosa que cativou pessoas como Estácio e o Padre Melchior, este amigo íntimo da família, e mais adiante vê-se como
um conselheiro. Estácio certo dia saí para uma cavalgada com a irmã, onde passam a conversar e avistam ao longe uma casa velha com uma bandeira azul ao alto do telhado, 
tal cena que mostra como um dom numa gravura feita pela moça e dada de presente ao irmão em seu aniversário. Com o tempo Tanto Helena como seu meio-irmão descobrem
que nutrem um amor pecaminoso e incestuoso um pelo outro.

Estácio acaba pedindo em casamento sua namorada Eugênia, filha do Dr. Camargo, homem este que era muito amigo do Conselheiro Vale e ao decorrer da leitura percebe-se um homem interesseiro que desejo seu insiste para que Estácio entre na política.

No começo pode pensar-se que este é um daquele livros chatos de literatura brasileira indicado pelos professores, mas totalmente me enganei, pena que ates de começar a  ler o livro já sabia o final, mas fiquem curiosos! Helena tem um final super dramático e melancólico e lembrando que há muitas revelações e respostas de dúvidas ao se aproximar os 
acontecimentos finais. A sensação que tive do livro é que no começo os acontecimentos são tristes pelos acontecimentos e de uma paixão incestuosa, mas com grandes revelações
no decorrer do livro o que anima o leitor, mas depois se entristece-se, enfim muitas emoções!

Avaliação: 4/5
Boa Leitura!




Resenha: Triste fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto

Sinopse - Triste fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto

Para Major Quaresma, a Pátria é um ideal que está acima de tudo. Visionário por excelência, suas idéias colocam-no em várias situações embaraçosas e levam-no até a ser internado em um manicômio. Tímido, discreto, ingênuo, é também uma palha de pureza a navegar num oceano de podridão. Este é um livro escrito com todos os nervos, mas principalmente com o coração, e que se destina a quantos tenham orgulho de ser brasileiros.

Edição: 1
Editora: Martin Claret
ISBN: 8572323546
Ano: 2001
Páginas: 222

Hoje falarei um pouco sobre um dos maiores clássicos da literatura Brasileira: O triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreta publicado em 1911. Primeiramente darei alguns do detalhes sobre o livro como por exemplo: o livro é dividido em três partes (falaremos um pouco de cada uma delas), a linguagem confesso que é um pouco rebuscada o que pouco me agrada o que recomendo em alguns casos procurar um dicionário! e é escrito em 3ª pessoa.

Na primeira parte do livro temos um quadro da figura de Policarpo que era um homem pequeno e magro que vestia fraques e cartola, e a mais puríssima moda brasileira. Personagem como Ismênia a filha mais velha do general Albernaz aparecem muito durante o livro, e já na primeira parte se vê o tão esperado noivado  da filha do coronel com Cavalcanti um estudante de Odontologia em que parece que nunca irá formar-se. Policarpo é comparado ao sonhador Dom Quixote que era obcecado por livros de cavalaria, enquanto Quaresma um homem pra lá de seus 40 anos era movido por um amor exacerbado pela pátria, totalmente nacionalista e defensor da justiça passou praticamente sua vida numa biblioteca que é objeto de muita atenção da vizinhança, onde há várias prateleiras preenchidas de livros sobre o Brasil, a natureza brasileira, a terra a música etc. Quaresma não era casado e vivia com um criado e a irmão solteirona Adelaide. Chega um ponto em que Quaresma começa a tomar aulas de violão com um dos principais personagens: Ricardo coração dos outros, com o intuito de aprender mais sobre a música brasileira. Quaresma chama a atenção em determinado momento em que envia um relatório pedindo que o idioma brasileiro fosse transferido para  o Tupi-Guarani, por direito, pelo fato de ser uma língua puramente nacionalista e brasileira. Tal plano em que vinha pensando e repensando acaba sendo motivo de escárnio e xacota, onde chega a ter chamado atenção do caso em jornais e nos boatos corriqueiros da cidade. Pobre Quaresma! por tal nacionalismo e sonho acaba indo para um hospício onde fica internado durante 6 meses. Um dos amigos que sempre incentivaram Policarpo e que o visitara no período de sua internação são Ricardo, e sua afilhada Olga esta por quem Quaresma tem grade afeição, e se noiva com o Doutor Armando Borges.

Na segunda parte da história o pano de fundo se passa no sítio Sossego no município de curuzu, local em que Quaresma passa a morar após sair do hospício, e local este comprado por recomendação da afilhada Olga, Quaresma logo se anima pela ideia, pelo fato de querer provar a produtividade das terras brasileiras. No sítio Quaresma passa a observar a natureza e acaba criando um museu e uma biblioteca agrícola, e inventa de comprar vários objetos que ficam totalmente sem uso como: termômetro, barômetro, pluviômetro, Higrômetro e um anemômetro. Quaresma passa seu tempo tentando manusear a enxada, esta com quem não deu muito certo. Quaresma se entristece ao se deparar certo dia numa luta contra pragas na sua plantação, onde tinha gasto tampo tempo! e se revolta com com os preços injustos, a miséria, a improdutividade das terras, as confusões políticas do interior... Enquanto isso explodiu no Rio a revolta da Armada sob o governo do marechal Floriano, com grande expectativa de ver talvez um novo Henrique IV (França), assessorado por um novo Sully, e como um bom patriota Quaresma oferece seu apoio e serviços a Floriano e telegrafa: "Mal, Floriano, Rio.Peço energia. Sigo já - Quaresma".

Na terceira parte se descreve praticamente os acontecimentos passados no Rio de Janeiro durante a revolta onde Policarpo ficava no seu batalhão patriótico. Decorrendo o tempo certo dia  Quaresma assisti ao sorteio de prisioneiros que seriam assassinados no "Boqueirão", com tal cena escreve ao marechal relatando o que viu e como consequência acaba sendo preso na Ilha das Cobras, neste momento o título do livro faz sentido, realmente o fim de Policarpo acaba sendo algo trágico, alguém que tanto amou sua pátria! e agora era essa era a sua recompensa, nisto o personagem faz uma reflexão do tanto que havia feito pela sua pátria e ela nada por ele.

"A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava 
existir, havia" Página 11.

Avaliação:  3/5
Boa leitura!





{ RESENHA} O desaparecimento de Katharina Linden- Helen Grant





 

Sinopse:  
No dia em que Katharina Linden desapareceu, Pia foi a última pessoa a vê-la com vida. O terror se espalhou pela cidade. Como uma garotinha de dez anos poderia desaparecer num lugar em que todos se conheciam? Pia está decidida a descobrir o que aconteceu com Katharina. No entanto, quando outra menina desaparece...


Título: O Desaparecimento de Katharina Linden
Autora: Helen Grant
Páginas: 318
Editora: Bertrand Brasil
 
Existem duas palavras que fazer uma sintese de O desaparecimento de Katharina Linden. Brilhante e assustador. Uma estreia celebre  da escritora Helen Grant. É o tipo de história com crianças mas que não é para crianças.
Pia Kolvenbach teria tido uma infância mais tranquila se não fosso o fato de ter ficado conhecida como " a menina cuja avó explodiu". A partir daí ela vira a pária da escola na pequena cidade alemã de Bad Munstereifel, vista como aberração por muitos moradore. E as coisas só pioram quando no dia do Karneval( carnaval para os alemães), em meio a uma multidão, a jovem Katharina Linden desaparece, logo depois de Pia vê-la. E quando outras garotas começam a sumir misteriosamente, a " explosão" da avó de Pia seria o primeiro sinal de uma poderosa maldição e quem esncostar perto dela será amaldiçoado. Numa cidade pequena estamos sujeitos a julgamentos e fofocas, e a maioria dos cidadãos apotam Herr Duster, o rabugento da cidade como principal suspeito.
A narração é pelo ponto de vista de Pia, que narra muito bem, por sinal. Nos conduzindo com detalhes pelo enredo e pela cultura alemã. Aliás, a escritora já morou em Bad Munstereifel( sim, é verídica), e nos presenteia com tantas descrições da pacata vida alemã da cidade que em muitos momentos chegamos a nos perguntar se a história não é real.
Ao ser excluida na escola, Pia se torna amiga do garoto mais impopular dali, Stefan Breuer( mais conhecido como Stefan Fedido), irá acompanha-la nas aventuras pela trama.
Antes da morte de sua avó, Pia foi apresentada por ela a um agradável velhinho, Herr Schiller. Em suas visitas a ele, Pia irá ouvir história de arrepiar, com bruxas, heróis e seres perversos, cujas narrativas irão ajuda-la a desvendar os mistérios que envolvem as meninas desparecidas.
 A narração pode até ser pacata em muitos momentos, mas há alguns que compensam pelo clima gótico, por nos deixar prendendo a respiração, arrancar os cabelos, e momentos aterrorizantes que nos darão medo de apagar as luzes e ir dormir. Trechos que nos dão vontade de gritar.
Lá vai meu consehlho, que ,como pessoa experiente , já saquei em livros de suspense. Nunaca julgue pelas aparencias ou pelo senso comum.
Somos lançados em intrigas, dilemas familiares, desilusões amorosas e aprender em como o passado pode condenar o nosso futuro. Com um final emocioante, digno de aplausos O desaparecimento de Katharina Linden é uma ótima pedida para quem quer grudar os olhos no livro e só largar quando parar de ler.
Avaliação:5/5 
                    Boa leitura!
                                                                                                         
 
 





{Resenha} O chamado do monstro- Patrick Ness e Siobhan Downd

O chamado do monstro( pag. 45)




Sinopse:
A escuridão, o vento, os gritos. Os olhos estatelados, a respiração entrecortada. É o pesadelo de novo, como em quase todas as noites depois que a mãe de Conor ficou doente. A escuridão, o vento, os gritos - e o despertar no mesmo ponto, antes de chegar ao fim. Tudo é tão aterrorizante que Conor não se mostra nem um pouco assombrado quando uma árvore próxima à sua casa - um imponente teixo - transforma-se em um monstro. Além disso, ele precisa lidar com coisas mais urgentes e graves - o reinício dos tratamentos contra o câncer aos quais sua mãe terá que se submeter, a vinda da avó para ajudá-los, a permanente ausência do pai desde que ele foi morar com a nova família e a pesada perseguição na escola, da qual é vítima quase todos os dias. Tudo muito mais perturbador do que uma criatura feita de folhas e galhos. Só que o monstro sabe que Conor esconde um segredo. E isso o torna realmente assustador. Mas por que Conor deveria dar ouvidos a algo que parece imaginado? Por que o monstro parece ser a única criatura a estar ao seu lado diante de seus maiores medos - o de perder a mãe e o de contar a verdade. ( fonte: Skoob)

  Ficha técnica:
Título original: The monster calls
Título no Brasil: O chamado do monstro
Autor: Patrick Ness
Baseado numa ideia original de: Siobhan Dowd
Ilustrações: Jim Kay 
Editora: Ática

Primeiro, me interessei pelo livro pela forma como ela foi criada. Para quem não sabe, Siobhan Dowd era uma escritora inglesa que fazia muito sucesso na Europa, vitíma de câncer, não conseguiu escrever O Chamado do monstro, e algum tempo após a sua morte a missão foi repassada a Patrick Ness, que no inicio hesitou mas logo se viu envolvido pela nolstalgia de escrever.
Essa é uma história comovente que conta a história de Conor. Um garoto ainda no começo da adolescencia mas que tem de enfrentar problemas de gente grande. Para começar ele vítima de bullying na escola  desde que sua mãe descobriu que tinha câncer, e a partir daí passou a ser perseguido, e o pior, as pessoas o olham com pena. Quando ele imaginou que sua mãe estaria definitivamente curada, isso desaba dinate dos seus olhos quando ele tem de enfrenatr um novo e agressivo tratamento, talvez sua ultima esperança; sua avó( de quem Conor nunca gostou) acaba tendo de cuidar dele e o leva pra sua casa, seu pai que mora nos Estados Unidos com outra família acaba indo passar uns tempos com ele. Sua mente não é boba, ele sabe o que está acontecendo, só se recusa a acreditar. E para piorar a sua situação, seus pesadelos estãocada vez mais aterrorizantes( os quais ele tem medo até de narrar); e o grande teixo que sempre esteve imóvel no cemitério ao lada da sua casa, se transforma num imponente monstro para lhe contar 3 histórias que vão mudar seu jeito de ver o mundo e as pessoas, mas no fim ele deve contar a sua história.
A narração é sobre a ótica de Conor, que nos conduz com facilidade pelo enredo. As ilustrações de JIm Kay, só complementam a  rica história com belas gravurar em negro. É um pouco impactante saber que tão jovem, Conor, já tem de lidar com coisas que, normalmente, até um adulto tem dificuldade para isso.
As três histórias contadas pelo monstro a Conor nos mostram que as aparências enganam e que pequenos atos podem gerar grandes consequências em nossas vidas e nas vidas das pessoas que nos rodeiam. Ele ensina Conor a ver as coisas de outro ângulo, a amadurecer e a deixar que a vida se encarregue de fazer o que tem de ser feito. No fim, a história de seu pesadelo acaba decidindo o final da história, o desfecho de seu tão temido pesadelo é o de sua vida.
Gostei da forma leve como Conor narra assuntos tão fortes como o câncer, mas mesmo assim não deixa de ser uma criança nos ensinando a viver.  O relaciomento tenso com sua avó é um dos epicêntros do enredo, e a dor o ensina a gostar dela. Ele acaba aceitando as coisas como elas são, e ganha novas amizades.
O livro é pequeno, pode parecer grande no começo mas você o lê rapidamente e nem percebe. De qualquer forma, Ness foi tão original que  não li nada parecido com o Chamado do monstro ainda.
Avaliação:5/5
                       Boa leitura!
                                                                                                         




{Resenha} Não sou este tipo de garota- Siobhan Vivian


Sinopse:
Perversa ou inofensiva? Confiável ou hipócrita? Controlada ou insensata? A vida é sobre suas decisões e escolhas, e Natalie Sterling se orgulha de sempre fazer as melhores. Ela ignora os caras populares e babacas da escola, sempre ganha medalhas de honra e está prestes a ser a primeira estudante jovem a ser presidente do conselho estudantil em anos. Se apenas todas as outras garotas fossem tão sensíveis e fortes. Como o grupo de novatas que querem ser brinquedos dos jogadores de futebol. Ou sua melhor amiga, que tomou uma decisão idiota que quase arruinou sua vida. Mas ser sensível e forte não é fácil. Não quando uma brincadeira quase a faz ser expulsa. Não quando seus conselhos dóem mais do que ajudam. Não quando um cara que ela já deu um fora se torna o cara que ela não consegue parar de pensar. A linha entre o certo e o errado foi distorcida, e cruzá-la poderá resultar em um desastre… ou se tornar a melhor escolha que ela já imaginou fazer.
Fonte da sinopse: Skoob.

Ficha técnica:
Título Original: Not that kind of girl
Título no Brasil: Não sou este tipo de garota
Autora: Siobhan Vivian
Editora: Novo Conceito
Páginas:248

Tudo correria como o planejado na vida de Natalie Sterling. Ela iniciava o ultimo ano do ensino médio na Academia Ross. Suas metas eram: ser presidente do conselho estudantil, estudar muito, conseguir entrar em uma boa faculdade, ficar o mais perto possível de sua amiga Autumn e o mais longe possível dos garotos. Mas tudo começa a mudar quando uma garota da qual Natalie foi babá aos 12 anos, Spencer, surge no colégio. Natalie começa a enfrentar os desafios e a complexidade de algo que nenhum livro ensina: as paixões.
Pensei que não fosse gostar desse livro. Que fosse mais um clichê atual. 
A narrativa é rápida, sob a ótica personagem de Natalie. Você devora o livro sem se dar conta disso.
Natalie é o tipo de garota inteligente e culta que anda por aí com o nariz empinado. Acha que ninguém é bom o suficiente para ela, tem pouquíssimos amigos, as pessoas parecem temê-la, e ela julga as pessoas pelos estereótipos socias que lhe são dados na já conhecida hierarquia das escolas norte-americanas. Tipo: só por que o cara é jogador de futebol significa que ele não presta?
Existe uma coisa bem legal no livro que são os pensamentos de Spencer sobre como a mulher deve se portar para seduzir um homem. É meio engraçado isso já que ela só tem 14 anos, mas até que nos faz pensar. Spencer é o tipo de garota jovem que, conscientemente ou não, é o brinquedinho de diversão dos garotos populares.
E é justamente quando Spencer está aprontando que Natalie passa a ter um contato maior um dos jogadores de futebol de seu colégio, Connor Hughes. Meio clichê, eu sei! A nerd e o bad boy.  Mas acho que era o que tinha que acontecer. Natalie tinha de se apaixonar pelo cara que ela julgava ser o "errado". Connor é o melhor amigo de seu arquirival, Mike Domski, mas ele é mais reservado e respeita as garotas. Hughes é o oposto de Natalie, ele não sonha em cursar uma faculdade, vai simplesmente assumir os negócios da família.
O enredo aborda com fidelidade os dilemas adolescentes,e , principalmente, a questão do sexo e da sexualidade na escola, as amizades.De repente, pequenas escolhas tem grandes impactos. Natalie tem tantos preceitos do que é certo e errado que muitas vezes chega a ser fútil. O livro nos faz refletir sobre os nossos pré- conceitos sobre os outros e sobre nós mesmos, e nos traz uma mensagem de que a vida não precisa ser como planejamos para que vala a pena. Acaba ficando um gostinho de quero mais quando terminamos de ler.
Natalie tem de aprender, nem que seja da forma  mais difícil, que tem de parar de pensar no que os outros vão dizer ou pensar de suas atitudes e simplesmente fazer o que deseja. Que tem de fazer o que a torna feliz.
Avaliação:3/5
                                                                        
                                         Boa leitura! 

Resenha: O Mestre da Sensibilidade Vol. 2 - Augusto Cury

Sinopse - O Mestre da Sensibilidade - Análise da Inteligência de Cristo - Vol. 2 -  Augusto Cury

Em O Mestre da Sensibilidade, segundo livro da coleção Análise da Inteligência de Cristo, Augusto Cury apresenta um estudo sobre as emoções de Jesus e explica como ele foi capaz de suportar as maiores provações em nome da fé. Jesus demonstrou ser um grande mestre na escola da vida diante das angústias que antecederam sua morte, como a traição de Judas, a falta de apoio dos discípulos e a consciência do cálice que iria beber. O sofrimento, em vez de abatê-lo, expandiu sua inteligência. As perdas, em vez de destruí-lo, refinaram-lhe a arte de pensar. As frustrações, em vez de desanimá-lo, renovaram suas forças. Através de sua história, Jesus provou que é possível encarar a dor com sabedoria. Ele tinha todos os motivos para desistir de seu chamado e tornar-se uma pessoa fechada e agressiva, mas, apesar disso, foi um ícone de celebração à alegria, à liberdade e à esperança. Ele não se perturbava com o mau comportamento dos outros - pelo contrário, aproveitava cada momento de fraqueza para ensinar importantes virtudes como a paciência, a tolerância, o perdão e a humildade. O exemplo de Jesus nos ajuda a melhorar a qualidade de vida e a prevenir doenças psíquicas como a depressão, a ansiedade e o estresse. Analisar seu brilhante comportamento acende as luzes de nossa consciência e nos torna pessoas mais abertas para as infinitas maravilhas da existência.


Edição: 1
Editora: Sextante
ISBN: 8575422308
Ano: 2000
Páginas: 173

Esse foi o primeiro livro que li do Augusto Cury, sempre ouvi falar desse renomado autor, conhecido por ser um grande médico na área da psiquiatria. O Mestre da Sensibilidade é o segundo livro da coleção Análise da inteligência de Cristo, comecei a ler pelo segundo livro da coleção o que não altera a interpretação do livro (os livros podem ser lidos separadamente).

Gostei de cara do livro só por saber que se tratava de um livro sentimental e psíquico e do Cury, e acima de tudo por ser sobre Jesus, até porque sou cristã. O livro do contrário do que podem pensar não é um livro que se trata de religiosidade, até porque o autor começa desde o início comentando que o livro pode ser lido por qualquer um de religiões diferentes independentemente se você é budista, cristão, muçulmano, etc ou um ateu.

O livro tem uma linguagem gostosa, você não se cansa de ler e de refletir nas coisas que o autor escreve. O livro nos leva a perguntar a nós mesmos nossa situação psíquica em meio a mundo turbulento que é tomado por transtornos psicológicos e principalmente pela depressão, a doença do século XXI. Cury mostra como Jesus num ambiente cheios de turbulências, sempre foi paciente com os que o amava e com os que o odiava, aprender com Jesus é aprender como amar o próximo na sua essência.

Cury mostra que já ouve vários pensadores muito inteligentes na história, mas nenhum como Cristo que soube tanto amar aqueles que o odiara, que o escarnecera, que o traiu tal como Judas. Jesus sempre dava sua face a bater, humilde e que não fazia de sua emoção uma lata de lixo o que atualmente muitas pessoas fazem quando estão estressadas ou ansiosas, que ficam acumulando um monte de problemas e preocupações antecipatórias no território emocional.

Avaliação: 5/5

[ Resenha] Cidade dos ossos- Cassandra Clare


Datilografado por:
Leila Lopes





Capa do livro







Sinopse

 Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando a jovem Clary decide ir para Nova York se divertir numa discoteca, ela nuca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece no ar e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria.
     
               ( Fonte da sinopse: skoob.com.br)

Ficha técnica:
 Título original: City of bones
Título no Brasil: cidade dos ossos
Autora: Cassandra Clare
Páginas:416
Editora: Galera Record


Bem, há muito tempo eu me sentia inteiramento orfã com o fim de Harry Potter. Lia mas vivia  a procurar algo com identidade própria, que me fisgasse por inteiro e acabasse co minhas crises de abstinência. Até o dia em que topei com a série Os Instrumentos Mortais.
Os fãs de Harry que leram ou estão lendo hão de concordar comigo: é  muito parecido. É compreensível já que antes de ingressar no mercado literário, Cassandra trabalhava com fanfics de Harry Potter. Inclusive, os dois protagonistas desse livro, Clary e Jace, se parecem muito com Gina Weasley e Draco Malfoy.
Bem, a história começa com Clary( Clarissa Fray) e seu melhor amigo Simon, que saem para se divertir numa discoteca de Nova York. Até aí uma vida normal como qualquer adolescente, se naquela noite Clary não tivesse presenciado um assassinato. E o pior de tudo é que só ela viu, e como se não bastasse os assassinos não passam de adolescentes e um deles( Jace Wayland) começa a persegui-la. Sua mãe é sequestrada e subitamente Clary se vê em um outro mundo oculto pela selva de pedra de Nova York, tudo que sua mãe sempre tentou esconder dela. E os adolescente assassinos são Caçadores de Sombras, uma espécie de caçadores de domônios. Revelações atormentadoras serão feitas, que abalarão tudo em que Clary sempre acreditou.

Me surpreendi de forma especial com a narração. É leve e flui muito rápido, envolvendo o leitor desde o começo. Os capítulos tem títulos bem criativos e gostei do fato da autora colocar frases de grandes escritores no livro, uma espécie de mistura de clássico com moderno. Outra coisa bem criativa é o espaço onde se ambienta a história, Nova York, tipo um mundo oculto bem onde há mais gente.

O livro faz uma mistura de ação e suspense. Tem muita aventura durante todo o enredo, fazendo o leitor prender o fôlego. Mas logicamente tem romance,  gente se apaixonando pelas pessoas erradas, e muito, mas muito, conflito de sentimento. Cassandra coloca tudo tão bem no papel que sentimos exatamente tudo o que se passa com o personagem. E há partes que dá vontade de atirar o livro contra a parede( não que eu tenha feito isso).

Uma coisa muito legal é que há uma nova luz sobre nosso já tão conhecido mundo de fantasia,Cassandra aborda tudo de uma maneira diferente. Tem lobisomens, demônios esquisitos, vampiros e todos esses seres que conhecemos desde criança. O livro tem uma pegada cool  e um estilo meio gótico e sombrio, e no clímax já dá para perceber as batalhas que aguardam o leitor nos próximos livros. Simon  e Jace são garotos que divertem o leitor o tempo todo com seus comentários e Clary com sua ironia para superar momentos difíceis.
 Os personagens tem personalidades marcantes e são muito bem explorados. Inclusive, há a inserção de gays com papéis que vão marcar toda a trama, decisivos em muitos momentos.
O filme já foi lançado, com Lilly Collins como Clary e Jamie Campbell Bower como Jace. No entanto, achei que a produção cinematográfica não superou as minhas expectivas e não ficou tão legal quanto o livro. Houve excelentes atuações, como a de Jamie que encarnou Jace, mas o roteiro não ficou muito parecido com o enredo do livro.
Mas mesmo assim, o livro é ótimo. Só senti Clary um pouco insegura, mas pode ser porque tudo está acontecendo muito rápido em sua vida.
          Avaliação:4/5
   
                 Boa   leitura!



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