{RESENHA} O fantasma da ópera- Gaston Leroux

o livro O fantasma da ópera é de autoria do francês Gaston Leroux, possui 240 páginas e é produzido no Brasil pela editora FTD. Traduzido por Margarida Patriota.


 3 estrelas
É quase impossível ler o fantasma da ópera sem sermos tomados por um conflito de sentimentos. A começar pela própria figura do fantasma. O que ele nos inspira: medo ou compaixão? E aqui convém superar a obviedade da deformidade do rosto do protagonista. Se nos fixarmos nessa cicatriz, sem enxergarmos a beleza que ela oculta, perderemos justamente aas contraposições que tornam esse personagem tão forte, e sua história ao mesmo tempo trágica e assustadora... e comovente. O Fantasma é um personagem terrível. Mas apaixonante.
              Luis Antonio Aguiar
Sinopse:

É noite de gala na Ópera de Paris. Os Srs. Debienne e Poligny se despedem do cargo de diretores da Ópera com um último recital. Porém, nos corredores do teatro, uma figura misteriosa caminha como uma sombra e desaparece sempre que é vista. No subsolo, o maquinista-chefe é encontrado morto. Esse é o legado que os antigos diretores deixam a Armand Moncharmim e Firman Richard: a perturbadora presença do fantasma da Ópera. Ao ignorar os caprichos do Fantasma, os novos diretores têm que lidar com uma trágica seqüência de eventos que culmina no desaparecimento repentino da cantora lírica Christine Daaé. É em meio a esse clima de suspense e de terror que somos levados ao labirinto sombrio que é o subsolo da Ópera de Paris.



 Os personagens muito bem construídos, donos de personalidades cativantes e profundas de tal forma que você se apega a cada um deles e ama até o vilão. Apenas o casal Raoul e Christine não despertam uma completamente a paixão do leitor por ser muito... fraco.
Bem, quando se lê o prefácio do livro toda a surpre que poderia vir com o desenrolar do enredo acaba por aí.
Os diretores da Ópera de Paris pediram demição, mas antes realizam um recital. A história já começa com os cochichos e o medo despertados por uma suposta sombra que caminha pelos corredores da ópera conhecido como " O Fantasma da Ópera", que assombra a todos que ali permanecem e ( como aviso deixado pelos diretores Debienne e Poligny para os novos diretores), faz exigências para manter a paz na ópera. Principalmente depois que um maquinista-chefe é encontrado morto nos subsolos do prédio. No entando, os novos diretores Moncharmim e Richard ignoram as exigências do fantasma, como a reserva do camarote e pagamentos, e acabam tendo que lidar com as sequências de tragédias.
Christine Daaé perdeu o pai ainda criança, o homem que a encaminhou no caminho da música, sempre prometendo que em algum momento de sua vida lhe apareceria o chamado "anjo da música". Christine mora com uma amiga em Paris, e acaba recebendo a oportunidade de cantar na ópera de Paris. No seu grande dia, Christine ( perdoem o trocadilho) canta e encanta, despertando a atenção principalmente da sua antiga paixão de infância o nobre Raoul de Chagny e (claro) do Fantasma.
Raoul é o típico bom moço dos romances e logo deixa claro suas intenções com a moça.
Numa noite após um recital, Christine recebe a visita do seu anjo da música no camarim, que se comunica com ela através dos espelhos e vai ensinado-a a cantar com beleza. Esse anjo usa uma máscara a cobrir o rosto, vestido inteiramente de preto. Claro, que esse ""anjo da música"" não é ninguém menos que nosso anjo da música, que a guia e faz conhecer o labirinto maquiavélico do subsolo do prédio da ópera, sobre os quais tem total domínio.
Logo, Christine se vê envolvida num triângulo amoroso entre Raoul e seu anjo/fantasma/ da música. A escolha por Raoul leva o fantasma a um estado de ódio completo, porque ele se apaixonou por Christine e esperava que ela também o amasse.
O Fantasma, a próposito, não é verdadeiramente um fantasma. Seu nome é Erik, o fato dele ter uma máscara sobre o rosto e a sua aparência levaram a criação de lendas ao redor de sua figura e ele preferiu que fosse assim, que todos tivessem medo. Obviamente, Erik nunca teve uma vida feliz devido sua aparência, não conseguindo despertar amor nem mesmo nos seus pais. MAS possui uma inteligência incomum, principalmente para música.
Erik acaba sequestrando Christine, meio que para obriga-la a ficar com ele.  E Raoul, acaba salvando-a das garras maléficas do vilão.
Eu me vi me indagando porque ninguém consegue odiar o Erik, porque mesmo com as suas maldades você se vê procurando maneiras para justificar ou ao menos explicar o que ele faz.
 Se fosse amado eu seria melhor.
Essas é uma das frases do Erik. Eu busquei explicações e acabei encontrando algo, que não sei se verdadeiramente foi a intenção do Gaston. Bem, sabemos que Erik tem uma deformação no rosto, e que isso faz dele uma pessoa fisicamente feia para a maioria da sociedade, AÍ  se encontra o toque de mestre. Todos nós julgamos ter uma parte feia, um defeito do qual achamos que ninguém vai gostar, ou até mesmo um lado obscuro. Não queremos que o resto do mundo veja isso, mas quando vemos o resto do mundo odiar Erik por isso nós logo pensamos que não queremos passar por aquilo caso venham a saber do nosso lado "feio".
É por isso que eu acho que o desfecho de Erik é o único que nos faz derramar lágrimas por um vilão que tem maldade inferior ou superior aos outros que conhecemos.
Bem, o lirvo teve várias adaptações para o cinema, mas a melhor é o musical de com Emma Rossum e Gerard Butler. Vale dar uma conferida, embora tenha muita coisa diferente do livro. ;)










             

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