{ RESENHA} Não se apega não- Isabela Freitas

Não se apega não é o primeiro livro da mineirinha de apenas 23 anos Isabela Freitas, que é dona de um blog maravilhoso desde 2011, estudante de direito e agora escritora pela editora Intríseca.



Sinopse:
Desapegar: remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase "você deve encontrar a metade da sua laranja". Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.
Tudo começa com um ponto-final: a decisão de terminar o namoro de dois anos com Gustavo, o namorado dos sonhos de toda garota. As amigas acharam que Isabela tinha enlouquecido, porque, afinal de contas, eles formavam um casal per-fei-to! Mas por trás das aparências existia uma menina infeliz, disposta a assumir as consequências pela decisão de ficar sozinha. Estava na hora de resgatar o amor-próprio, a autoconfiança e entrar em contato com seus próprios desejos.

Parece fácil, mas atrapalhada do jeito que é, Isabela precisa primeiro lidar com o assédio de um primo gostosão, com as tentações da balada e, principalmente, entender que o príncipe encantado é artigo em falta no mercado. 
Isabela Freitas, em seu primeiro livro, narra os percalços vividos por sua personagem para encarar a vida e não se apegar ao que não presta, ainda assim, preservando seu lado romântico.


Este é um livro para o qual você olha e diz: " vou ler por causa dessa capa". Mas este é um dos que fazem juz à uma capa magnifíca. Com páginas bem amarelas( adoroooooooooooo!), uma fonte mé e bem gostosa de ler, com uma escrita simples, Isabela Freitas chega mostrando a que veio no mundo literário.
O livro é narrado por Isabela, uma jovem de 22 anos estudante de direito em Juiz de Fora, Minas Gerais, que " de repente" resolve terminar um namoro de 2 anos com Gustavo, dando fim ao que todos chamavam de casal perfeito. O que muita gente não conseguia enxergar era que ela vivia num relacionamento desgastante que não a fazia feliz.
Com isso, ela decide iniciar em sua vida uma espécie de renovação, que ela chama de desapego.
Ao ler esse livro esqueça ( ou tente) todos os seu pré-conceitos sobre desapego. Isabela prega algo maior do que o que é conhecido como "pega e não se apega", muito pelo contrário, vai além disso. Trata-se de aprender a desapegar das coisas que nos fazem mal, porque a vivência de cada um é individual e devemos antes de tudo amar-nos de forma incondicional.
Só que não vai ser fácil para a jovem Isabela mudar toda a sua forma de viver e de encarar a vida com um primo lindo atrás dela e as tentações da balada. Ao longo do livro Isa vai fazendo suas reflexões sobre os amigos, a família e os complexos relacionamentos pelos quais ela passa, que vão de canalhas abandonados na rua até amigas falsas. 
É  um livro cheio de pensamentos e reflexões que realmente fazem você pensar sobre o que você está fazendo em sua vida, mas de forma simples. Devagarzinho e de masinho a história vai nos enlaçando e quando você se der conta já vai estar arrebatado e apaixonado... Tentando ( claro) aplicar aquilo em sua vidinha. PS; NÃO É UM LIVRO DE AUTO AJUDA.
Eu me identifiquei porque a garota estava falando tudo que eu já sabia.... Ficava de boca aberta toda hora que aparecia um pensamento bem parecido com os meus.
É envolvente... recomendo o isabelafreitas.com.br porque o livro realmente deixa um gostinho de quero mais e eu sinceramente espero que este seja o primeiro de muitos livros que estão por vir. 






{ RESENHA} O teorema Katherine- John Green

O Teorema Katherine foi escrito por John Green, publicado no Brasil pela editora Intríseca, com 304 páginas.



4 estrelas

Sinopse:
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.



Bem este é mais um livro do aclamado escritor John Green, que fez um baita sucesso com A Culpa é das estrelas... E isso faz com que de forma inevitável criemos expectativas sobre o livro, por isso é bom tomar muito cuidado para não decepcionar.
Colin Singleton é considerado um prodigío desde criança. Mal concluiu o ensino médio e já sabe falar vários idiomas, já leu tantos livros que perdeu a conta além de ser viciado em anagramas. No entanto Colin é especializado em levar foras, pés na bunda, como queiram chamar. OKAY! Todo mundo convive com isso diariamente... a diferença básica está no fato de que Colin só namora Katherines. Nada de Katys, Kats, Kities, Trinas e - Deus o Livre- de Catherines. A menina tem que se chamar K-A-T-H-E-R-I-N-E. Pois é, enquanto todo garoto tem um tipo físico ou comportamental, o de Colin ( por mais estranho que pareça) é linguístico.
Depois do seu mais recente pé na bunda, de Katherine claro, talvez a que tenha mais mexido com os sentimentos dele, seu melhor amigo arábe  Hassan, o convence a fazer uma viagem de carro para dar uma esfriada nos nervos, com o carro de Colin, apelidado de Rabecão de Satã.  Só para constar: eles não têm destino.
Colin é um prodígio, e isso todo mundo sabe. MAS ele quer ser um gênio. O que é diferente porque gênios inventam, prodigíos copiam ou aprendem. E ele vive angustiado com isso, porque ele não quer ser esquecido, quer que seu nome fique marcado na história por algo que ele crie.
Para visitar um suposto túmulo do Arquiduque austro-húngaro Francisco Ferdinando, morto na Primeira Guerra Mundial, eles acabam chegando até a pequena cidade de Gutshot, no Tenessee, onde acabam ficando amigos da "guia" Lindsay Lee Wells, que os leva até sua mãe Hollis.
Bem, Hollis é uma figura. É a dona da fábrica da cidade, e tudo dela tem que ser cor de rosa. Como não lhe falta dinheiro, Hollis acaba pagando a Colin e Hassan ( acredite, só em livros mesmo) 500 doláres por semana para entrevistar as pessoas da região e colher informações sobre a história da cidade.
Ao chegar na cidade, Colin tem seu tão esperado momento eureca, onde através de cálculos matemáticos acaba por ter a ideia do Teorema de Previsibilidade das Katherines, que seria a descoberta da sua vida, que se desse certo poderia prever o futuro de qualquer relacionamento. 
Ao mesmo tempo em que trabalha, Colin vai desenvolvendo o teorema, recebendo uma pequena ajuda de Lindsay, que ( por incrível que pareça) namora um outro Colin. E os dois acabam por se aproximar e virar bons amigos... Dessa forma, Hassan é engajado na vida social dos adolescentes de Gutshot, e os dois acabam por viver expêriencias ora boas, ora ruins.
Hassan é um personagem divertido, que nos faz rir o tempo todo no livro, ele faz piada até nos momentos ruins. O livro é narrado em terceira pessoa e possui incríveis notas de rodapé feitas pelo próprio autor que são muito parecidas com piadas. Além, claro, de uma matemática simples, explicada com um cuidado minuncioso para que todo leitor seje capaz de compreender, tendo um apêndice inteiramente deidicado a explicar o teorema de Colin.
Ao entrevistar as pessoas de Gutshot e em sua própria vida, Colin acaba aprendendo que todos um dia iremos ser esquecidos e que não há nada para evitar que isso aconteca, mesmo que um dia ele venha a ser um gênio criador, porque no futuro, grandes nomes como Sócrates ou até Eisntein poderão ser esquecidos juntamente com seus trabalhos geniais. 

O livro é bom. No entanto eu esperava um algo a mais para que me arrebatasse por completo no livro. Não sei bem o que foi. Acho que coloquei muita expectativa sobre o livro, então essa é minha dica antes de lê-lo.

{RESENHA} O fantasma da ópera- Gaston Leroux

o livro O fantasma da ópera é de autoria do francês Gaston Leroux, possui 240 páginas e é produzido no Brasil pela editora FTD. Traduzido por Margarida Patriota.


 3 estrelas
É quase impossível ler o fantasma da ópera sem sermos tomados por um conflito de sentimentos. A começar pela própria figura do fantasma. O que ele nos inspira: medo ou compaixão? E aqui convém superar a obviedade da deformidade do rosto do protagonista. Se nos fixarmos nessa cicatriz, sem enxergarmos a beleza que ela oculta, perderemos justamente aas contraposições que tornam esse personagem tão forte, e sua história ao mesmo tempo trágica e assustadora... e comovente. O Fantasma é um personagem terrível. Mas apaixonante.
              Luis Antonio Aguiar
Sinopse:

É noite de gala na Ópera de Paris. Os Srs. Debienne e Poligny se despedem do cargo de diretores da Ópera com um último recital. Porém, nos corredores do teatro, uma figura misteriosa caminha como uma sombra e desaparece sempre que é vista. No subsolo, o maquinista-chefe é encontrado morto. Esse é o legado que os antigos diretores deixam a Armand Moncharmim e Firman Richard: a perturbadora presença do fantasma da Ópera. Ao ignorar os caprichos do Fantasma, os novos diretores têm que lidar com uma trágica seqüência de eventos que culmina no desaparecimento repentino da cantora lírica Christine Daaé. É em meio a esse clima de suspense e de terror que somos levados ao labirinto sombrio que é o subsolo da Ópera de Paris.



 Os personagens muito bem construídos, donos de personalidades cativantes e profundas de tal forma que você se apega a cada um deles e ama até o vilão. Apenas o casal Raoul e Christine não despertam uma completamente a paixão do leitor por ser muito... fraco.
Bem, quando se lê o prefácio do livro toda a surpre que poderia vir com o desenrolar do enredo acaba por aí.
Os diretores da Ópera de Paris pediram demição, mas antes realizam um recital. A história já começa com os cochichos e o medo despertados por uma suposta sombra que caminha pelos corredores da ópera conhecido como " O Fantasma da Ópera", que assombra a todos que ali permanecem e ( como aviso deixado pelos diretores Debienne e Poligny para os novos diretores), faz exigências para manter a paz na ópera. Principalmente depois que um maquinista-chefe é encontrado morto nos subsolos do prédio. No entando, os novos diretores Moncharmim e Richard ignoram as exigências do fantasma, como a reserva do camarote e pagamentos, e acabam tendo que lidar com as sequências de tragédias.
Christine Daaé perdeu o pai ainda criança, o homem que a encaminhou no caminho da música, sempre prometendo que em algum momento de sua vida lhe apareceria o chamado "anjo da música". Christine mora com uma amiga em Paris, e acaba recebendo a oportunidade de cantar na ópera de Paris. No seu grande dia, Christine ( perdoem o trocadilho) canta e encanta, despertando a atenção principalmente da sua antiga paixão de infância o nobre Raoul de Chagny e (claro) do Fantasma.
Raoul é o típico bom moço dos romances e logo deixa claro suas intenções com a moça.
Numa noite após um recital, Christine recebe a visita do seu anjo da música no camarim, que se comunica com ela através dos espelhos e vai ensinado-a a cantar com beleza. Esse anjo usa uma máscara a cobrir o rosto, vestido inteiramente de preto. Claro, que esse ""anjo da música"" não é ninguém menos que nosso anjo da música, que a guia e faz conhecer o labirinto maquiavélico do subsolo do prédio da ópera, sobre os quais tem total domínio.
Logo, Christine se vê envolvida num triângulo amoroso entre Raoul e seu anjo/fantasma/ da música. A escolha por Raoul leva o fantasma a um estado de ódio completo, porque ele se apaixonou por Christine e esperava que ela também o amasse.
O Fantasma, a próposito, não é verdadeiramente um fantasma. Seu nome é Erik, o fato dele ter uma máscara sobre o rosto e a sua aparência levaram a criação de lendas ao redor de sua figura e ele preferiu que fosse assim, que todos tivessem medo. Obviamente, Erik nunca teve uma vida feliz devido sua aparência, não conseguindo despertar amor nem mesmo nos seus pais. MAS possui uma inteligência incomum, principalmente para música.
Erik acaba sequestrando Christine, meio que para obriga-la a ficar com ele.  E Raoul, acaba salvando-a das garras maléficas do vilão.
Eu me vi me indagando porque ninguém consegue odiar o Erik, porque mesmo com as suas maldades você se vê procurando maneiras para justificar ou ao menos explicar o que ele faz.
 Se fosse amado eu seria melhor.
Essas é uma das frases do Erik. Eu busquei explicações e acabei encontrando algo, que não sei se verdadeiramente foi a intenção do Gaston. Bem, sabemos que Erik tem uma deformação no rosto, e que isso faz dele uma pessoa fisicamente feia para a maioria da sociedade, AÍ  se encontra o toque de mestre. Todos nós julgamos ter uma parte feia, um defeito do qual achamos que ninguém vai gostar, ou até mesmo um lado obscuro. Não queremos que o resto do mundo veja isso, mas quando vemos o resto do mundo odiar Erik por isso nós logo pensamos que não queremos passar por aquilo caso venham a saber do nosso lado "feio".
É por isso que eu acho que o desfecho de Erik é o único que nos faz derramar lágrimas por um vilão que tem maldade inferior ou superior aos outros que conhecemos.
Bem, o lirvo teve várias adaptações para o cinema, mas a melhor é o musical de com Emma Rossum e Gerard Butler. Vale dar uma conferida, embora tenha muita coisa diferente do livro. ;)










             

Resenha: Memórias de um sargento de milícias de Manuel Antônio de Almeida

O livro intitulado “Memórias de um sargento de milícias” foi escrito por Manuel Antônio de Almeida entre junho de 1852 e julho de 1853 e publicado anonimamente como um  folhetim semanalmente no jornal Correio Mercantil, com autoria de “Um brasileiro” e foi somente na terceira edição que começaria a aparecer o nome do autor. O romance foi escrito na época do movimento do Romantismo, mas sua obra pouco de adapta a esse movimento sendo melhor classificada como um livro de transição romântica ao pré-realismo.
O livro retrata pela primeira vez a figura do malandro e começa o seu primeiro capítulo com a frase “Era no tempo do Rei”  insinuando à época em que a família real veio para o Brasil no reinado de João VI,  além de que nos faz lembrar os contas de fadas sempre iniciados por um “Era uma vez”. No livro como se intitula narra-se em primeira pessoa as memórias de Leonardo um garoto traquino que sempre estava à espreita de uma aventura. Leonardo como diz no livro era filho de “uma pisadela” e um “beliscão” narrando como surgiu o namoro de seu pai Leonardo Pataca e Maria das Hortaliças, essa que mais tarde abandona o marido e o filho para fugir com um capitão de volta à Portugal, deixando assim o pobre do Leonardo nas mãos do “compadre” que era seu padrinho e barbeiro que muito apreço tinha pelo menino. O Leonardo Pataca como de seu costume continua atrás de um “rabo de saia” e de primeira se encanta por uma cigana, esta que pouca atenção lhe dá, fazendo-o buscar pela feitiçaria, prática proibida na época. Em meio ao ritual aparece para a surpresa de todos os major Vidigal, personagem este que seguia à reta a lei, bem como mandava prender e soltar quem queria a seu bel prazer.  O livro se segue contando as malandragens do Leonardo.
A estrutura do livro é bem organizada em curtos capítulos, com variação do número de páginas dependendo da editora. O livro é dividido em duas partes: a primeira com 23 capítulos mais voltados a contar as malandragens e travessuras aprontadas por Leonardo, já a segunda parte é composta por 25 capítulos onde o enfoque é mais na vida madura do Leonardo e seus esforços para tomar Luisinha dos braços de José Manuel. O livro é narrado em primeira pessoa e com uma linguagem bem simples, fácil e compreensível, diferentemente de muitos clássicos da Literatura Brasileira que tem uma linguagem bem rebuscada e de difícil compreensão.
O livro em si é uma cronometragem da sucessão de fatos das aventuras e desventuras do Leonardo. Como no início do livro que se inicia com a frase “Era no tempo do Rei”,  já se vê em questão bem como os fatos passados desde a infância do menino até o seu estado atual de sargento miliciano. Leonardo como citado acima era um garoto traquino que desde muito novo foi adotado pelo padrinho que era um barbeiro que muito o apoiava em tudo o que fazia, mesmo quando uma vizinha metia-se diariamente a provoca-lo dizendo que o menino “era de mal bofes”. O padrinho tinha o sonho que no decorrer do livro, vê-se como algo totalmente ilusório e quase que surreal, de que o garoto se tornasse Padre. Sendo assim certo dia decide  por o garoto na escola que é descrita as aulas ocorridas na própria casa do professor onde havia uma sala com diversos bancos de madeira e mesas com furos para os tinteiros. O professor dava aulas com a palmatória sempre pronta para corrigir quaisquer erros nas decorebas da tabuada. Leonardo não gostou do ambiente. Desde o primeiro dia de aula o garoto já tinha rendido alguns “bolos” que eram as pancadas de palmatória. Na história vê-se também um importante personagem: a comadre, a suposta madrinha do menino, esta uma mulher muito religiosa e fã das ladainhas e festejos da igreja. Vê-se assim muitas vezes narrado no livro os costumes e festejos religiosos praticados na época do século XIX como o “Domingo do Espírito Santo” no capítulo 19, da primeira parte. Ao decorrer da história vê-se outra importante personagem: a D. Maria, mulher esta já de idade que mesmo assim era descrita como uma fanática por “demandas”, que adotou como filha, sua sobrinha Luisinha que ficou órfã do pai que era irmão de D. Maria. Luisinha foi descrita como “era alta, magra, pálida: andava com o queixo enterrado no peito, trazia as pálpebras sempre baixas, e olhava a furto;” de começo numa das visitas do compadre e o Leonardo à casa da velha amiga D. Maria, visitas estas que pouco lhe interessava ao contrário com a chegada de Luisinha passa agora a atrair o Leonardo. Luisinha, esta que de começo dá risos aos lábios do Leonardo, mas que depois vê-se envolvido pela paixão pela garota. Ao narrar a paixão infantil entre o menino e Lusinha, outro personagem entra na história: José Manuel, um antigo conhecido de D. Maria, este sendo já um adulto por lá de seus 35 anos de idade, que gostava de contar façanhas que nunca haviam ocorrido, entra no páreo para disputar o coração da pobre garota. No livro percebe-se que José Manuel queria simplesmente a herança da pobre garota. Percebendo suas segundas intenções a comadre entra mais vezes na história para tirar o oponente do caminho do afilhado. Em meio a estas desventuras o compadre acaba adoecendo e, consequentemente veio a falecer, passando assim o pobre do menino a voltar a morar na casa de seu pai, o Leonardo Pataca. O Leonardo Pataca acabou se casando com Chiquinha, a filha da comadre. Chiquinha acaba engravidando e dando à luz uma menina para a felicidade do Leonardo Pataca. Na cena do parto é descrito as parteiras e as rezas, que eram costumes comuns da época. Começa-se assim uma “rixa” entre Chiquinha e Leonardo, que acaba fugindo de casa e parando em outras aventuras na casa de uma moça chamada de Vidinha, que era filha de uma quarentona que tinha  três filhas e sua irmã, que também tinha três filhos, mas homens. Leonardo agora se vê apaixonado por Vidinha, que era uma linda mulata. Percebem-se assim os traços característicos do menino herdados do pai quanto a ser um “namoradeiro” que acaba se esquecendo de Lusinha! Certo dia numa patuscada Leonardo denunciado por dois dos primos de Vidinha que eram apaixonados por ela, resolvem denuncia-lo ao Major Vidigal, que aparece para prendê-lo! Nesse momento acontece algo inesperado que nunca houvera ocorrido na vida do Major: o Leonardo consegue fugir do Vidigal, que acaba se  tornando motivo de piadas, já que era um homem respeitado por sua rigidez. Para sua vingança o Leonardo é promovido a granadeiro, e assim passa a “trabalhar”, mesmo com suas diabruras. Nesse meio tempo Lusinha acaba se casando com o José Manuel, que torna sua vida uma total infelicidade. Depois de pouco tempo de casado José Manuel para surpresa de todos acaba tendo um ataque apoplético e vindo à óbito. Numa situação dessas foi o plano “perfeito” para que enfim D. Maria e a comadre resolvessem unir os jovens de uma vez por todas, e assim foi: O Leonardo depois de muito aprontar casou-se com Lusinha e foi promovido pelo Major Vidigal como Sargento de milícias, recebendo só assim no final do livro o título lhe concedido no nome do livro o “Sargento de milícias”
Do ponto de vista crítico e pessoal, percebemos aspectos importantes da época como os costumes e o tipo de vida predominante na época, bem como aspectos interessantes como a vizinha fofoqueira do barbeiro que passava a criticar constantemente o Leonardo, sendo o barbeiro alheio as críticas. O livro ao nosso ver chama também a atenção do leitor por ser uma literatura com “toques” de ironia, e chega a causar risos no leitor. Sem contar que a leitura ocorre facilmente pelos curtíssimos capítulos e a fácil linguagem. Manuel Antônio de Almeida usou do bom senso e fugiu do comum romantismo predominante da época e soube tanto explorar o sentimentalismo como o humor na obra.

Quando se pensa em Literatura Brasileira logo se pensa “Oh! Que tortura, dê-me um dicionário!” o contrário ocorre com esta obra: o autor consegue fisgar o leitor da primeira à última página, por que além de ser interessante é de fácil compreensão. O livro é indicado para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio.
Este foi o primeiro e o único livro escrito pelo escritor Manuel Antônio de Almeida, escrito ao 21 anos de idade, que inicialmente foi publicado como folhetim no jornal Correio Mercantil. O escritor teve a vida interrompida por uma morte precoce aos seus 31 anos no dia 28 de Novembro de 1861, mas deixando um grande legado para a Literatura Brasileira com as aventuras do malandro Leonardo.

Passo a passo: Marcador de páginas ♥


Olá tudo bem? eu estou bem graças a Deus! Hoje irei explicar como fazer um simples marcador de páginas acompanhe as fotos abaixo:

Sim, as fotos estão com uma resolução péssima devido eu ter tirado com o celular mas bom vamos lá:

Materiais:
1 tesoura, 2 papéis E.V.A com cor de sua preferência, 1 lápis e cola quente

Passo-a-passo:
1. Com uma tesoura recorte dois corações no papel E.V.A  que ficará como na imagem 2.
3. depois desenhe corações menores que o primeiro (cada um com a mesma medida) que ficarão como
mostrado na imagem 4; 5. Após os recortes cole o o coração menor sobre o maior com a cola quente; 6 passe a cola quente nas abas do coração e cole um no outro de forme que fique uma abertura para pôr nas páginas como mostrada na imagem 7; 8 Agora é só pôr nas páginas e ter uma boa leitura e um lindo marcador como mostra a imagem 9!  se quiser fazer de outras formas faça! use a criatividade. Beijos




{Resenha} Crime e castigo- Fiódor Dostoievski

 O livro Crime e Castigo é publicado no Brasil pela editora 34 e possui 561 páginas. O autor é o aclamado russo Fiódor Dostoievski.



          4 estrelas

  O livro conta a história do jovem estudante de direito, Rodion Raskólnikov, que vive em São Petersburgo, na Rússia. Sua mãe e sua irmã vivem longe, no campo, e ele, num quarto alugado e apertado. Para sobreviver, ele penhora objetos com uma velha viúva usurária, já que não vê a mãe há três anos e ela não dá noticías nem envia dinheiro. Há alguns meses le abandonou a faculdade e vive recluso e reservado, divagando sobre teorias que ele mesmo cria e a ação de algo que ele simplesmente denomina como aquilo. Impelido pela teoria, ele mata duas pessoas, as rouba, mas nem  chega a tocar no dinheiro, o esconde.
O enredo vai contar como Raskólnikov chega até o abismo do crime e , principalmente, o que ocorre depois, como ele carrega tal fardo na consciência. Como isso o afeta e as pessoas que o rodeiam.
Rodion alega que Cesár e Napoleão cometeram crimes que mataram milhões e foram absolvidos pela história, aclamados como heróis. Ele chega a publicar um artigo expondo a teoria dos " ordinários e extraordinários", os primeiros são aqueles destinados a obedecer a lei cegamente, e os segundos, tem o direito de modificar a lei, de remover os obstaculos que impedem a realização de seus desejos.
Fugindo da sua própia loucura, Raskólnikov  guia o leitor pelos cantos mais obscuros da Rússia, as diferentes tiranias e desigualdades que assolam as pessoas.
O livro é narrado em terceira pessoa, e pode parecer monótono e cansativo em diversas partes, mas o desfecho emocionante compensa todos os suspiros de cansaço e impaciencia. Aprendi que ninguém é tão pecador que não possa ter virtudes, e que nem o mais virtuoso dos homens é livre de pecado. No fim, o amor é a melhor  arma para a redenção.
Gostei da personagem de Sônia, uma garota jovem que acaba se prostituindo pra ajudar a família e não permitir que os irmãos mais jovens passem fome. O livro nos faz olhar os crimes com um olhar diferente, mais crítico e a perguntar o que leva cada pessoa a cometer algo tão atroz. Que o maior castigo para um criminoso é carregar sua culpa.
Existem notas do tradutor e da editora nos rodapés das páginas, e acabamos descobrindo que algumas passagens são impressões retiradas da vida do próprio autor.

 



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