Resenha: Os 13 porquês de Jay Asher

Sinopse: "Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um misterioso pacote com várias fitas cassetes. Ele ouve as gravações e se dá conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas semanas antes. Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se matar. Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir como contribuiu para esse trágico acontecimento."

Edição: 1
Editora: Ática
Ano: 2009
Páginas: 256
Tradutor: José Augusto Lemos

Como o próprio título diz, os 13 porquês são os treze porquês de Hannah Baker ter se suicidado. Clay Jensen, um adolescente do ensino médio, ao voltar do colégio se depara com uma caixa de sapato misteriosa contendo sete fitas cassetes com os 13 motivos, entre eles estão Clay.

Uma coisa que gostei foi a originalidade do escritor ao utilizar nas gravações de Hannah fitas cassetes, há anos esquecidas, ao invés de utilizar algo moderno. A leitura é suave e os capítulos são divididos simultaneamente, entre Hannah e Clay, que ao mesmo tempo que ouve as gravações também diz seus pontos de vista.

O livro trata de temas polêmicos na adolescência, como o suicídio, o alcoolismo, estupro, irresponsabilidade e disputas que podem parecer infantis durante o colegial. Ao mesmo tempo que os capítulos e a leitura vão passando, o leitor fica preso ao enredo do livro, para entender por que Clay está incluído nas fitas. Clay se sente aprisionado a um sentimento de culpa, por não ter impedido que tal coisa acontecesse com Hannah, e as angústias de Clay, acabam sendo passadas também ao leitor, juntamente com um misto de emoções.

Os motivos de Hannah para algumas pessoas pode parecer insignificantes ou até bobos, mas pra Hannah não. O livro faz refletir as nossas ações com o próximo, Hannah vivia um dilema e não tinha alguém para desabafar e acabava guardando tudo para si. Muitas vezes tem alguém apenas precisando de um "oi", ou uma palavra amiga, assim como Hannah. Com uma simples ação se pode mudar o dia ou quem sabe a vida de alguém.

Avaliação: 4/5
Boa leitura!






[ Resenha] A outra face

Por: Leila Lopes

Todos nós usamos mácaras, Angeli. Desde pequenos ensinam-nos a esconder nossos medos e pensamentos. Mas sob tensão, Don Vinton vai deixar cair a mácara e revelar sua outra face.



Capa do livro


Análise da capa: A capa dessa edição não traz muitos detalhes em desenhos ou imagens, mas no alto da capa percebe-se um divã, símbolo dos escritórios de psicanálise e um homem caminhando ao fundo, desolado. Pode ser Jud, que acaba sendo acusado de assassinato pelo policial McGreavy durante a história, além de estar sendo perseguido e de tentarem mata-lo o tempo todo.

Sinopse

Jud Stevens é um psicanalista que subitamente vê-se envolvido em uma sucessão de assassinatos que precisa desvendar. Entre os suspeitos estão uma atriz decadente e ninfomaníaca, um pai de família com tendências homossexuais, um empresário paranóico e uma jovem misteriosa. Mas talvez não seja preciso ir longe para encontrar o assassino: o psicanalista desconfia que pode estar matando pessoas em momentos de privação de sentidos.

Ficha técnica:
Título: A outra face
Autor: Sidney Sheldon
Formato: Brochura
País de lançamento: EUA
Páginas:  239



Este é um dos livros do premiado Sidney Sheldon, e recebeu  o Edgar Allan Poe( para escritores de suspense e terror) . A trama começa a se desenrolar logo nos primeiros  capítulos, quando um homem gay é assassinado no meio da rua. Nos seguintes, mais personagens vão seurgindo misteriosamente assassinados, e todos tem algum tipo de ligação com Judd Stevens, um psicanalista renomado e conhecido doa Estados Unidos. Logo Judd se torna o principal suspeito para o detetive McGreavy, que começa a questionar todos os seus preceitos e virtudes, e principalmente o seu caráter. Só que Judd também começa a ser perseguido e várias vezes tem sua vida ameaçada por um inimigo que nem ele tem certeza de quem seja nem o porque de estar tentanto matá-lo. Juntamente com Angeli, braço direito de McGreavy, ele vai tentar desvendar esse mistério. Todos são suspeitos, inclusive os pacientes de Judd.
Como o própio nome já diz, A outra Face é um livro que mostra que as pessoas descubram um lado que não desejam que as pessoas descubram. Ou seja, não julgar pelas aparências, porque o assassino  pode ser qualquer um, nos fazendo suspeitar de todos que vão aparecendo no decorrer da história, já que aos poucos vamos  nos dando conta que todos tem motivos para matar, principalmente alguns dos personagens de mentes pertubadas de Judd. O que inclui uma ninfomaníaca, um pai de família com tendências homossexuais e um grande executivo.
As mortes são brutais e logo percebemos que quem quer que  seja não reluta em matar. Percebe-se que muitos morrem por tem alguma relação com Judd. A narração flui rápido  e é bem leve, os acontecimentos se desenrolam rápido, de forma a não gerar cansaço ou tédio, prendendo o leitor.
Outra característica da narração de Sheldon é que ele consegue tratar de assuntos complexos de froma descontraída e leve. Por exemplo: quando ele fala de sexo, não fica algo vulgar. Ele sabe trabalhar bem as suas ideias e faz reflexões profundas e rápidas sobre a existencia e o comportamento humano.
Existe muita coisa envolvida na trama,muito mais do que percebemos , lançando-nos em enigmas que nos fazem ler o livro bem rápido e prender o folêgo a espera do desfecho.
Classificação:4/5
                               Boa leitura!



Resenha: O Plano Perfeito de Sidney Sheldon

Sinopse: "Para Oliver Russell, não existe prazer que se compare à sensação de poder. Mas quando chegar à Presidência dos Estados Unidos, saberá que poucas coisas podem ser mais devastadoras para as suas ambições políticas que o desejo de vingança de uma mulher traída. O plano perfeito narra a história de paixão, poder, traição e desforra envolvendo a publicitária Leslie Stewart e Russell, que a abandonara para se casar às escondidas com a filha de um senador influente do Kentucky, estado pelo qual se candidatou ao governo."

Edição: 0
Editora: Record
ISBN: 8501050725
Ano: 2009
Páginas: 306
Tradutor: A.B. Pinheiro de Lemos


"O primeiro registro no diário de Leslie Stewart dizia o seguinte:  Querido diário: Esta manhã conheci o homem com quem vou me casar.Era uma declaração simples e otimista, sem o menor presságio da dramática cadeia de acontecimentos que estava prestes a ocorrer." (O plano Perfeito, página 7)

O Plano perfeito, conta o constrangimento da traição de Leslie por Russell, que dias antes de seu casamento casa-se com sua ex! A partir daí Leslie começa uma busca desenfreada por vingança, que a faz comprar vários jornais  dos EUA, para que possa acabar com a imagem do próximo presidente: Russell.

Ao ler o livro Sheldon fisga o leitor da primeira a última página. O Plano Perfeito foi o primeiro livro dele que eu li, não dei muita bola ao te-lo ganhado, mas quando li o primeiro capítulo não sabia como gostava de histórias de mistérios e casos policiais. Com uma leitura suave, não é cansativa, os capítulos acabam passando rápidos. Uma personagem interessante ao longo do livro é Dana Evans, uma jornalista prestigiada, que ganha papel principal em outro livro que recomendo também: O céu está caindo.

 Ambos Leslie e Russell são pessoas com suas ambições e planos: um de conquistar a Casa Branca, a outra determinada a vê-lo perder tudo. Em O Plano Perfeito, o foco principal é a vingança, que obviamente não é o melhor caminho.  

Datilografado por: Leila Lopes



Canção de Amor
 Como hei-de segurar a minha alma
 para que não toque na tua? Como hei-de
 elevá-la acima de ti, até outras coisas?
 Ah, como gostaria de levá-la
 até um sítio perdido na escuridão
 até um lugar estranho e silencioso
 que não se agita, quando o teu coração treme.
 Pois o que nos toca, a ti e a mim,
 isso nos une, como um arco de violino
 que de duas cordas solta uma só nota.
 A que instrumento estamos atados?
 E que violinista nos tem em suas mãos?
 Oh, doce canção.
Rainer Maria Rilke
 
                                                    A autora, Maggie Stiefvater


Capa do livro

Análise da capa: A capa de  Calafrio possui vários outros estilos pelo mundo, porém a mais bonita e abrangente, com relação a uma síntese do conteúdo presente no livro, é a brasileira. O bosque ao fundo, é o que se encontra nos fundos da casa de Grace Brisbane, em Mercy Falls, Minnesota- EUA, e o lobo a caminhar, representada não só Samuel Roth, mas também vários outros presentes na estória. Um detalhe bem criativo, são as partes em branco, que existem na parte frontal e lateral do livro, que remete ao frio e a neve.



Ficha Técnica
                   
Título: Calafrio
Autor: Maggie Stiefvater
Editora: Agir
ISBN: 9788522010509
Páginas: 336
Edição: 1
Tipo de capa BROCHURA
Editora Agir
Ano 2010
Assunto Literatura Estrangeira-Romances
Idioma Português
Código de Barras 9788522010509

Sinopse


Quando chega o inverno, Grace é atraída pela presença familiar dos lobos que vivem no bosque atrás de sua casa. Ela espera ansiosamente pelo frio desde que fitou pela primeira vez os profundos olhos amarelos de um dos lobos e sobreviveu ao ataque de uma alcateia. Esses mesmos olhos brilhantes ela encontraria mais tarde em Sam, um rapaz que cresceu vivendo duas vidas - uma normal, sob o sol, e outra no inverno, quando vestia a pele do animal feroz que, certa vez, encontrou aquela garota sem medo. Tudo o que Sam deseja é que Grace o reconheça em sua forma humana, e para isso bastaria que trocassem um único olhar. Mas o tempo de Sam está acabando. Ele não sabe até quando manterá a dupla aparência e quando se tornará um lobo para sempre. Enquanto buscam uma maneira de para torná-lo humano para sempre, têm de enfrentar a incompreensão da cidade, que vê nos lobos um perigo a ser combatido.

( crédito da sinopse: Skoob)




Para quem não sabe, Calafrio é o primeiro livro da trilogia Os lobos de Mercy Falls, da escritora norte-americana Maggie Stiefvater. Trata-se de um livro que conta a história de Grace e Samuel ( Sam, popularmente conhecido). Aos 11 anos, enquanto estava em seu balanço foi atacada por uma alcatéia de lobos que tencionavam matá-la. Deitada na neve, no meio da mata, ela esperava morrer, até que um dos lobos salvou sua vida e desde esse dia ele se encontram numa conversa silenciosa durante o inverno, que se resumen em olhares. E Sam, em sua forma animal, se apaixona por Grace, reza para que ela o reconheça como humano, antes que seje tarde demais.

Primeiramente, a frase do The Observer na capa "os fãs de crépusculo vão amar calafrio" pode ter afastado inúmeros leitores que não gostam da série da Stephenie Meyer, o livro não tem nenhuma semelhança com Crépusculo, a não ser da presença dos lobos. Para alguns, pode ser até melhor.

A narração é em primeira pessoa, mas não se restringe a mocinha do livro, Grace, mas também ao Sam. Os dois contam a história sob seu ponto de vistas, em capítulos consecutivos. Elas fluem bem, de uma forma pessoal, e conseguem prender o leitor desde o começo do livro e não torna a leitura cansativa e tediosa. Uma coisa muito criativa é o começo dos capítulos, que se iniciam indicando quem será o narrador e possuem indicadores de temperatura, pode parecer sem nexo no começo, até porque o ambiente da estória é muito frio, mas logo podem explicar acontecimentos do livro. 

O casal, Sam e Grace, são um tanto incomum para os atuais padrões de literatura. Eles tem um romance leve, que flui rápido. Não impõem nada a nenhum, simplesmente se aceitam e não tentam mudar o que o outro é.São maduros e sabem o que fazem.

O livro possui muita emoção e a presença de sentimentos, não distantes, mas tão próximos de nós mesmos que podemos compreender cada fato, cada decisão e cada pensamento. Eles são tão presentes, que chegam a nos emocionar em vários momentos. Os própios personagens carregam traumas tão emocionantes, que muitas vezes nos apavoram. 

O enredo é composto por poucos personagens, mas que são tratados com profundidade e nos encantam desde o princípio. Alguns nos encantam para depois nos decepcionarem e depois nos encantarem de novo, a autora mexe com sentimentos de uma forma muito pessoal. Particularmente, as melhores partes são os flashs backs que Sam tem da família que o acolheu.

A ansiedade gerada a quem lê está no fato de se ficar esperando pelo momento em que Grace, irá reconhecer Sam( através dos olhos amarelos), o que não demora muito para acontecer.

A parte que provoca mais emoção no leitor é a constante perspectiva da mutação perpetua. Os lobos dessa trilogia, depois de um tempo, podem ficar para sempre como lobos, até a morte. Sem se transformarem depois em humanos. O que gera pavor, diantedo pensamento de nós no lugar dele.

Maggie fugiu mais um pouco do padrão visto atualmente. Sam não é bad boy, nem sarado, mas sim um magricela timído que vive a escrever poemas e músicas, sem falar que sabe falar alemão e passa o tempo todo lendo. Grace não é a garota leitora, mas um apaixonada por não ficção e por matemática. De qualquer forma, existem momentos que vão fazer os leitores prender o folêgo diante dos momentos eletrizantes a se seguirem. Com um final emocionante, trechos que podem arrancar lagrímas e com um desfecho que deixa qualquer um ansiando para ler a sequencia, Espera.

Boa leitura!


 

Terminal

Datilografado por: Leeh Lopes

"A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”
Karl Marx

Robin Cook



Análise da capa: não há muito o que analisar, só peço que não julguem este livro pela simplicidade da capa. É um dos melhores livros que já li.

Sinopse
Sean Murphy é um jovem e promissor estagiário do famoso Forbes Cancer Center, especializado no tratamento de um tipo raro de cancro cerebral. Quando ocorre a morte de uma menina, vítima de meuloblastoma, Sean, que já vinha estranhando o elevado número de doentes que revelavam uma notável cura, desconfia de que se passa algo de errado e decide investigar. Ainda sem imagina que, ao tomar esta decisão, está a pôr em risco não só a sua carreira, mas também a sua própria vida, apercebe-se de que as suas investigações não são bem aceites por todos e de que está a ser vigiado pela atraente enfermeira Janet. Mesmo assim não desiste de procurar a verdade. Depois de dar conta de que todos os doentes curados desfrutam de uma boa condição econômica, fica ainda a saber que é no próprio centro que os doentes contraem a doença.

    ( crédito da sinopse: Skoob)

Ficha técnica:
Título: Terminal
Autor: Robin Cook
Formato: brochura
 Editora: Editora Record

Páginas:  366 páginas
ISBN: 85-0104-108-4


Novamente, minha professora me indicou este livro para ler: Terminal, do Robin Cook. Muitas pessoas podem julga-lo pela simplicidade da capa em alguma edição só que ela não define o conteúdo do livro, que prende o leitor desde o começo do livro, já nos conduzindo pelo enredo cheio de mistérios e farsas.
Sean Murphy é um homem encrenqueiro mas muito inteligente, se tornando um brilhante oncologista formado em Harvard. Ele estava em fase de pesquisa num hospital de  Boston, quando recebe a chance de pesquisar um novo tumor no Forbes Cancer, centro de referencia dessa doença no mundo. Chegando lá Sean terá de lutar pela própia vida, já que existem pessoas desejando esconder o que   ele descobriu.

Sean e Janet, o casal da trama nos propocianam momentos para dar boas gargalhadas, e nos descontrair do clima de suspense e terror presentes do começo ao fim. Cook é médico, então teve uma grande facilidade em descrever os metodos e os assuntos abordados no livro, que muitas vezes remetem a uma ciência complexa, mas que nos faz entender com palavras simples.
É necessário estar atento a cada informação presente no desenrolar do enredo, muitas vezes a solução do enigma já nos foi dado( só que menos sintentizado) e não fomos capazes de resolve-lo. Há cenas  de terror, que me faziam lembrar Stephen KIng, assim como há cenas de perseguição e ação, todas escritas de forma eletrizante.
Muitas revelções nos fazem prender o fôlego e reler o trecho, só para garantir que não lemos errado. Nesse livro, a história nos leva a desconfiar de qualquer teses, a duvidar dos nossos própios preceitos, mostrando que coisas absurdas são cometidas de proposito só para alimentar as ambições de alguém. Existem sentimentos envolvidos, de uma forma geral Cook faz um sintese do comportamento humano em várias dimensões.
Sean também tem seus problemas emocionais e descobrir as razões do seu comportamento imaturo nos faz entender porque, o ambiente social define o caráter de alguém. Na verdade, ele muitas vezes se parece com um adolescente de 16 anos.
A história prende os leitores devido so suspense, cada capítulo nos deixa ávidos para ler mais e mais e desvendar os mistérios. E nos deixa apavorados ao descobrir. O final é carregado de emoções, não para chorar, mas para chocar e surpreender. E Sean nos prova que qualquer um pode mudar o jeito de ser, é só querer.
Sinceramente, depois desse livro, fiquei com receio de ir no hospital. Recomendo Coma do mesmo autor, que criou polêmica nos EUA e redução nos números de doação de orgãos.
Só lendo para descobrir porque.


Classificação: 4/5
                                          Boa leitura!





Ponto de Impacto

Datilografado por: Leeh Lopes
Resenha: Ponto de Impacto , de Dan Brown


"Não há segredos que o tempo não revele."
                                  Jean Racine
Dan Brown




Capa do Livro
 
Análise da capa: a capa em si faz uma síntese do principal cenário tratado no livro, mostrando uma obscura geleira ao longe.

Ficha técnica:
Título: Ponto de Impacto
Páginas: 448
Autor: Dan Brown
Formato: Brochura
Editora: Sextante
ISBN: 9788599296011

Sinopse

 Quando um novo satélite da NASA encontra um estranho objeto escondido nas profundezas do Ártico, a agência espacial aproveita a descoberta para contornar uma série crise econômica e de credibilidade, gerando sérias implicações para a política espacial norte-americana e, sobretudo, para a iminente eleição presidencial. Com o objetivo de verificar a autenticidade da descoberta, a Casa Branca envia a analista de Inteligência Rachel Sexton para o local. Acompanhada por uma equipe de especialistas, incluindo o carismático pesquisador Michael Tolland, Rachel se depara com indícios de uma fraude científica que ameaça abalar o planeta com uma profunda revelação. Antes que Rachel possa falar com o presidente dos Estados Unidos, ela e Michael são perseguidos por assassinos profissionais controlados por uma pessoa que é capaz de tudo para encobrir a verdade. Em uma fuga desesperada para salvar suas vidas, a única chance de sobrevivência para Rachel e Michael é desvendar a identidade de quem se esconde por trás de uma conspiração sem precedentes.

( fonte da sinopse: Skoob)


Quando as pessoas falam de Dan Brown, geralmente só comentam sobre os maiores sucessos editoriais dele que foram O Código da Vinci e O Símbolo Perdido, o nome dele bem que poderia ser Dan " Código da Vinci" Brown. Em uma resenha na internet, vi alguém chamar Ponto de Impacto de o " patinho feio" de Dan, justamente porque seu lançamento foi eclipsado por Código da Vinci  e Anjos e Demônios.
Sou uma pessoa que não julgam pelas opções das massas. Sobre conspirações  e ordens secretas, segredos na igreja Católica e histórias secretas e ocultas se veem aos montes no mundo editorial, e penso que os de Dan fizeram tanto sucesso porque ele soube trabalhar muito bem a ideia. Só que gostei bem mais de Ponto de Impacto.
 O livro trata das instituições pertencentes ao governo dos Estados Unidos da América e os ramos e estratégias da política externa e interna desse país. O autor expôs de forma" impactante" e reveladora como agem os políticos e as instituições de fachada desse governo. E foi isso que marcou Ponto de Impacto o tempo todo nos são feitas revelações que nosso professor não nos contaria numa aula de geopolítica. Logo no primeiro capítulo somos apresentados a um mistério que começa a nos deixar desconfiados da trama desde o inicio. Pode não fazer sentido, mas com o desenrolar da trama vamos percebendo que Dan entregou logo de cara a solução do mistério, nós que não percebemos isso. Por isso, é muito importante ficar atento a todas as informações que nos são passadas. E ficar atento em cada personagem, é uma característica de Dan Brown nos surpreender e deixar-nos de olhos arregalados, praguejando sozinhos com um livro na mão, nosso sonho de ser o "sabe-tudo" espertinho nos livros dele não se tornam realidade.

           
No segundo capítulo, depois da dúvida deixada pelo primeiro, somos apresentadas a inteligente Rachel Sexton, analista de informações do NRO( Escritório Nacional de Reconhecimento). Ela trabalha para o governo dos EUA, que durante o livro tem um carismático presidente chamado Zach Herney. Só que o pai dela é um senador da oposição, que se candidatou à  presidência e é o principal oponente do atual presidente. Rachel não se dá muito bem com pai, e durante um almoço com este ela recebe um código secreto que exige que ela se encontre com o diretor do NRO, William Pickering. Este logo lhe avisa que o presidente quer vê-la pessoalmente. Ao encontra-lo num avião militar, ele lhe revela sua estratégia para ganhar a eleição, já que os milhares de fracassos da NASA ameaçam derruba-lo do poder, e conta com a ajuda de Rachel para derrubar seu próprio pai. Mesmo sem lhe explicar toda a situação, Rachel é levada à geleira Milne, onde uma ultrassecreta pesquisa da  NASA está sendo finalizada, e pode mudar os rumos da história, da ciência, do mundo e do resultado de uma eleição. Mas, vai trazer nefastas consequências numa trama de perseguições e luta pela sobrevivência no meio do nada.   

A narração flui muito rápido, de forma que lemos boa parte do livro em muito pouco tempo e é em terceira pessoa do singular, não fincando cansativa em nenhum momento. Com personagens bem explorados, não deixando a obra superficial e nem distante dos acontecimentos, levando o leitor a se aprofundar e vez por outra ser enganado pelas artimanhas do escritor. 

O livro já começa listando os fracassos vergonhosos de uma NASA que já foi triunfante e reconhecida. As perdas onerosas, investimentos públicos enquanto há um grande índice de desemprego no país , escolas sem professores e a NASA desperdiçando dinheiro. Uma característica meio que irritante é que os capítulos sempre terminam de forma a nos instigar a ler mais, nos fazendo prender o fôlego esperando pelo pior, várias suposições passando pela nossa cabecinha. Logo no inicio, na nota do autor, Dan já vai logo dizendo que o NRO,  a Força Delta, que persegue os personagens centrais da trama, e os métodos narrados são reais. De uma forma bem descontraída, Dan explica os métodos científicos e  militares apresentados durante a leitura, numa linguagem muito acessível e de fácil entendimento. Penso que se fosse um especialista de linguagem rebuscada, não entenderíamos nada, mas de uma forma bem simples o autor nos faz entender tudo sem perder muito tempo narrando e descrevendo muita coisa que seria desnecessária. 
geleira do Milne.
A profundidade com que os personagens são tratados, chegam a nos fazer pensar que são reais. Eles nos cativam, nos geram ódio e repulsa, para depois nos decepcionarem e gerarem uma confusão de sentimentos. Mediante minha leitura, os melhores personagens são Michael Tolland, Marjorie Tench, Corky Marlinson e William Pickering. Para ajudar na pesquisa Herney convidou vários cientistas, e entre eles há de  profissionais com doutorado em Harvard a civis, como Rachel. E todos estão ao mesmo tempo assustados com o resultado da pesquisa e ansiosos para revelarem-na ao mundo, principalmente os que apoiam a NASA, já que essa pesquisa pode mudar a reputação manchada e fracassada da NASA.  É impressionante as formas  como o escritor descreve as táticas políticas, as confusões sentimentais, e , principalmente, os métodos militares e as várias formas de matar alguém, que nos deixam apavorados sobre a perspectivas de estar no lugar dos personagens.

De uma forma muito descontraída Dan e seus personagens discutem sobre a existência de  vida fora do planeta terra. E as teorias dos personagens não vem do nada, mas tem fundamento científico na teoria da PANSPERMIA. É assustador, mas ao mesmo tempo gera uma desconfiança. Não ficou uma coisa fantasiosa, na qual não acreditaríamos ao ler. Eu pelo menos pensaria no caso.
A narração se intercala entre os pensamentos e a ótica de visão dos fatos dos personagens centrais, mostrando várias versões e ponto de vista para um único fato, e não sabemos em quem acreditar. Nos sentimos enganados assim como os personagens, tanto com as mentiras pela disputa de poder como pelo fato de o governo controlar as pessoas de forma a obter o que deseja. Não só o governo como as próprias pessoas, nos deixando apavorados com a revelações de até onde vai o caráter humano.
As cenas de perseguição nos deixam prendendo o fôlego, esperando pelo que vai acontecer em seguida. As mortes ocorridas durante a trama são muito bem planejadas, com o intuito de nos provocar emoção. Há cenas muito engraçadas e descontraídas que nos fazem esquecer, por alguns instantes, dos problemas da trama. A revelação do mistério nos deixa boquiabertos e ao mesmo tempo com aquele sentimento de '' por que não pensei nisso ante?" e tudo nos indica que estamos lidando com um vilão inteligente. E que o simples fato de saber o que ele quis tanto esconder pode ser fatal, porque ele sempre sabe onde os personagens estão e o que estão fazendo. Nos deixam em dúvida sobre quem culpar, e não se deixem enganar pelas aparências quando lerem. Mas, alguns desfechos são muito mais que satisfatórios. Só que não dá para gritar " bem feito!" para um livro!
Há uma romance na  trama, os leitores logo vão perceber. Rachel e Michael formam um casal inteligente e carismático, só não entendi porque eles se apaixonaram tão rápido. Mas como eu já disse, não dá para discutir sentimentos. Mas ao mesmo tempo que esse casal desperta nosso carisma, no capítulo seguinte Senador Sexton nos gera repulsa e raiva com suas artimanhas políticas.  E alguns capítulos nos fazem admirar a inteligência de muitos personagens.
A NASA é tratada com um profundidade que nos leva a curiosidade de saber mais. E mesmo quando ela se recupera lá para a metade do livro, algumas palavras na narração de Dan nos deixam desconfiados e logo é revelado que estamos inteiramente certo. Existem momentos que estamos prendendo o fôlego para descobrir tudo logo, e Dan nos deixa curiosos prolongando o momento em que vai revelar tudo de uma vez aos leitores, nos prendendo ainda mais à leitura.
O livro em si traz uma perseguição que dura mais da metade do enredo e não fica cansativo. Norah Mangor, Corky Marlinso, Rachel Sexton e Michael Tolland agora tem de lutar pela sobrevivência. Tem de ser calados, porque descobriram algo que jamais poderia vir a tona. E, quem quer que seja, não relutará em mata-los.
Com um final perfeito, cenas eletrizantes, provocador de vários sentimentos ao mesmo tempo, e revelador, espero que Ponto de Impacto agradem tanto a vocês quanto me agradou.
Boa Leitura!
Classificação: 5/5



Resenha: Liberte meu coração

Sinopse: "Sua Alteza Real, a princesa Mia Thermopolis da Genovia, cujos diários se tornaram sucessos de venda, agora mostra ao mundo inteiro seu primeiro romance — cheio de perigo, desejo e um amor que vencerá todos os obstáculos... com a ajuda da incrivelmente talentosa Meg Cabot! 

Finnula é a caçula de seis irmãs e um irmão na Inglaterra do século XIII. Enquanto suas irmãs se contentam em fofocar sobre maridos, crianças e afazeres domésticos, Finnula é alvo de comentários maldosos de toda a vila por caçar nos terrenos do conde e por andar por aí em calças de couro justas! 

Mas de repente Finnula se vê envolvida numa complicação sem tamanho... Uma de suas irmãs acabou com o seu dote comprando vestidos e bugigangas, e a única forma em que as duas conseguem pensar para recuperar esse dinheiro é muito pouco usual... Sequestrar um lorde ou um cavaleiro rico que possa pagar um resgate! 

O que ela não esperava é que esse sequestro fosse criar mais problemas do que soluções: o cavaleiro recém-chegado das Cruzadas que é escolhido por Finnula vai acabar se mostrando alguém muito diferente do esperado, e a moça pode acabar tendo que abrir mão do resgate... e de seu coração."


Editora: Galera Record
Ano: 2011
Páginas: 404
Tradutor: Fernanda Martins
Autor: Meg Cabot

Confesso que quando li a sinopse do livro achei bem engraçada, qual a mulher em pleno século XIII usa calças justas de couro? e anda por aí de arco e flecha? 
  
  Finnula Crais é uma jovem de 16/17 anos que ama caçar por aí pelos arredores do condado e se veste de forma como dissemos acima bem diferente de sua época. 
  
  Após sua irmã amada Mellana contar a Finnula,que estava grávida de um trovador e sem nenhum tostão, por ter acabado de gastar seu dote com quinquilharias e vestidos, pede um pedido bem inusitado a Finn: Sequestrar algum cavaleiro rico! Em meio a esta bem inusitada proposta Finn sai em busca de alguém que possa pagar um bom resgate, para sua bela irmã de cabelos dourados.
  
  O desenrolar da história começa quando Finn encontra um recém chegado das Cruzadas: Hugo Fitzsthepen, o lorde que volta pra retornar ao seus posto por direito, que ficou ocupado pelo primo e vilão Laroche. Ao sequestrar o lorde, quem acaba se rendendo é a própria sequestradora, que acaba se entregando aos truques de Hugo. Hesitante e durona Finnula mostra ser uma mulher forte, mas tem o coração bem mole e apaixonado ao encontrar Hugo.

  Um dos personagens que aparece muito no livro e um dos que eu mais gostei foi o xerife de Brissac, um homem leal e decidido. Uma coisa que percebemos é que Mellana só surge aos choros e se desculpando no livro.

  O livro foi bem legal pois a Meg não enrolou a história e foi bem direta ao ponto. Entre segredos e mistérios a história acaba mostrando quem é quem, e revela que todos nós por mais duros que pareçamos ser, assim como Finn, acaba mostrando seu verdadeiro coração. Avaliação 4/5

Boa leitura!

Por: Cíntia Leite

Julieta

Datilografado por: Leeh Lopes


“Amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado, é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é o oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? A mais discreta das loucuras, fel que sufoca, docura que preserva.” – Romeu, Shakespeare.

Datilografado por: Leeh Lopes





Anne Fortier



Capa do livro:
 

 


Análise da capa: Muito bem feita e criativa, o título do livro está em alto relevo em letras que lembram ouro. Ao fundo vê-se a cidade de Siena com um aspecto velho e antigo, e a rosa parcialmente queimada pode representar o amor e a maldição perpetuadas pelo tempo.

Ficha técnica:
Páginas: 448
Autora: Anne Fortier
Tradução: Vera Ribeiro
Formato: Brochura


Sinopse
Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro. Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei. A carta diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena. Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos – um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas começando. O diário conta uma história trágica: há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias. E, levando-se em conta a linhagem e o nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais perigo. Instigante, repleto de romance, suspense e reviravoltas, Julieta – livro de estreia de Anne Fortier – nos leva a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para ela: o amor.


Ao ler Julieta, esqueça tudo o que lhe contaram sobre Romeu e Julieta


Havia muito tempo um livro não me surpreendia tanto quando Julieta de Anne Fortier. O livro é uma adaptação contemporânea da aclamada peça teatral Romeu e Julieta de William Shakespeare. Mas não podemos nos prender a original e pensar que os desenrolar e o curso dos acontecimentos serão o mesmo, porque de uma forma simples Anne conseguiu transformar Julieta em algo original.
Eu ainda não havia ouvido falar do livro quando uma professora me indicou e ainda por cima me emprestou um exemplar do livro. No início, fiquei meio receosa pensando que seria meio piegas e como uma fã incondicional de Shakespeare, imaginei que não iria gostar e que encontraria defeitos em tudo. Mas, sempre tem aquele frase de não julgar o livro pela capa, ou pelo nome. Anne pegou uma história maravilhosa e a reformulou de forma fascinante. Enquanto lia, me sentia Robert Langdon em O Código da Vinci porque possui muito suspense e mistério, e somos instigados a resolver junto com os personagens.
A narração flui rápida e é em terceira pessoa do singular. Mas não ficou superficial ou distante dos fatos narrados. Pelo contrário, enquanto estamos lendo, não conseguimos admitir que aquilo é um simples fruto da mente de uma mulher. Pensamos ser uma envolvente história que está sendo narrada por uma amiga ou amigo e suas aventuras na linda Itália.
Inspirado ou baseado não significa que seja igual. A primeira diferença entre o livro de Anne e a peça de Shakespeare é o lugar onde a história é ambientada. Na da primeira é em Siena, na do segundo em Verona.Os cenários são narrados com familiaridade de forma a encantar os leitores com os lugares por onde os personagens passam. Aliás, os patriotas italianos do livro dizem que foi realmente em Siena o lugar do Romeu e da Julieta.
Tudo começa quando a tia de Julie Jacobs, Rose, falece. De herança ela deixa tudo para a arrogante irmã de Julie, Janice, e para ela apenas uma carta entregue pelo mordomo Umberto que onde exige que ela vá até Siena e procure por um antigo tesouro deixado por sua falecida mãe Diana em uma banco da Itália, que aliás é seu país natal. Ao chegar nesse banco seus pensamentos se confirmam e não há tesouro algum, apenas papeis e objetos velhos que para ela e para o resto do mundo não possuem nenhum valor. Mas ela vai encontrar pessoas que mudarão o curso de sua vida, principalmente Alessandro Marescotti; vai encontrar uma família com a qual foi nunca conviveu desde a morte dos seus pais, quando tinha 3 anos; e simples coisas velhas vão revelar que tudo em que acreditou em sua vida vão desmoronar diante dos seus olhos.
A história de Anne muda nosso conceito prévio sobre Romeu e Julieta e seus personagens marcantes. De tragedia dramática, o livro Julieta nos deixa a marca que foi muito além do amor proibido entre dois jovens mais também uma disputa pelo poder, amor, ódio, dinheiro, fé, maldições, discódias e nos traz passagens emocionantes e algumas com um toque de thriller para colocar um pouco de algo macabro em uma passagem. A disputa entre os Montechio e os Capuleto se tranforma na rivalidade e disputa por poder entre os Tolomei e os Salimbeni, e mais tarde com os Marescotti.
Julie e Alessandro não formam um casal de adolescentes imaturos e infantis, eles já são adultos e sabem o que fazem. Tem atitudes sensatas e muitas vezes protagonizam cenas divertidas. A emoção não fica restrito aos casais centrais, mas também aos personagens que os cercam.


No livro também estão presentes as tradições do povo de Siena e há muito misticismo religioso, que são cruciais para oferecer os mínimos detalhes da história, como o Palio, mostrado na figura acima.
A narração se intercala entre dois períodos: um em 1340, onde teria ocorrido a verdadeira história de Romeu e Julieta, e não em Verona, como Shakespeare nos contou. Nesse período a narração é em linguagem formal, mas acessível, de fácil entendimento e não se limita ao fim tão conhecido da versão original. Anne vai além e conta o que aconteceu depois aos demais personagens, não só os centrais, mas também aos descendentes que perpetuaram a história e conseqüentemente uma maldição. O outro período é narrado nos dias de hoje, mostrada principalmente sob a ótica de visão de Julie. E é recheada de momentos de suspense e ação em que prendemos o fôlego como se estivesse acontecendo conosco.
As partes mais engraçadas foram protagonizadas por tia Rose, Julie e Janice, que juntas brigam e nos fazem rir.
A história se relaciona com o par central, mas Romeu e Julieta não define o curso dos acontecimentos. Somos instigados a resolver os enigmas lançados no enredo, o suspense está presente em quase tudo e aumenta a curiosidade em querer saber como aquilo vai terminar.
Existem muitas revelações que são feitas, as quais sob hipótese alguma havíamos cogitado que seriam explicações para alguns fatos. Nesse livro, nada mencionado é sem importância, por isso é bom prestar atenção em tudo para entender o final e o clímax.
Os personagens forma muito bem explorados e nos provocaram as emoções certas nos momentos certos. Cada atitude deles nos provoca lago: ódio, simpatia, desconfiança, amor e desprezo. O romance presente na trama forma uma espécie de espelho, no qual o passado sempre formará fantasmas nos presente e pode definir o futuro. Alessandro e Julie não formam um casal imaturo, infantil e melodramático. Pelo contrário, ficamos esperando eles aparecerem juntos o tempo todo. E aos poucos vamos sabendo que as relações entre eles não surgiu do nada.
Bem, eu só penso que a escritora fez Julie insegura demais. Ela fica o tempo todo se comparando à irmã Janice, em tudo o que vai fazer ou que acontece com ela. Até mesmo quando está feliz ela tem que vir com algum pensamento sobre a irmã. Outra coisa foi o fato de Anne ter focado no casal e acontecimentos de 1340 e deixar um pouco de lado Julie e Alessandro que não aparecem muito juntos( mas quando aparecem, vale a pena ler essas partes. Nem tanto pelo romance, mais pelas falas inteligente). Mas, não posso dizer que eles se apaixonaram rápido porque não podemos sentir o que outra pessoa sente nesse momento. Outra coisa é que, como Alessandro disse, Julie deixa que sua vida seje conduzida pelas histórias de Shakespeare.
Há muita ação e aquele inconfundível clima de que algo está acontecendo “por trás dos panos” e a narração nos instiga a descobrir o que é e o resultado final são revelações e acontecimentos arrebatadores.
O clímax foi habitado na Catedral de Santa Catarina della Scalla e traz cenas de ação e emoção, misturadas ao romance e com um desfecho perfeito, emocionante e inteligente. O desfecho pode até ter passado pela nossa mente, mas foi descrito de forma a nos surpreender e emocionar.



Uma coisa muito criativa foram os capítulos, que sempre começavam com um poema ou uma frase bem construída e profunda.




Meu personagem preferido foi o Frei Lorenzo, no começo ele tem pouca articipação mas sua ações vão tendo cada vez mais importância na trama. É necessário ficar atento a tudo o que vai acontecendo para que depois o desfecho faça sentido, esclareça muita coisa e nos ofereça pistas para desvendar os mistérios existentes na históris, principalmente as revelções mais arrebatadoras.
Mesmo para quem não tem costume, indico ler os agradecimentos presentes no final do livro, a escritora preenche algumas lacunas que ficaram vazias e esclarece algumas dúvidas.
Ainda vi notícias na internet sobre o fato de o livro virar filme, talvez com outro nome mas baseado no livro de Anne Fortier.
Classificação:5/5

                                                                                   Boa Leitura!
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